Serginho do Vôlei

Os atletas a poucos dias das Olimpíadas

Um ponto positivo é o fato de que jogadores brasileiros estavam jogando em campeonatos competitivos

Por Serginho do Vôlei
Publicado em 17 de julho de 2021 | 03:00
 
 
 
normal

Imagino o que deve estar passando na cabeça dos atletas que embarcaram essa semana para Tóquio. Além da importância que a Olimpíada já carrega naturalmente, iremos presenciar um evento sem público e um evento de superação. Como foi difícil treinar no fim do ciclo. Como foi difícil jogar, transitar, testar forças. Campeonato nacional defasado pela debandada de atletas para o exterior. Podemos enxergar como um ponto positivo o fato de que a maioria dos atletas que irão nos representar estavam jogando em campeonatos competitivos. Muitas dúvidas, poucas certezas. Ninguém parou. A chama olímpica permaneceu acesa na cabeça de cada um que acreditou que seria possível disputar e desfrutar. 

O que não vai dar para desfrutar mesmo é da parte extraquadra dentro do complexo onde os atletas ficam alojados. Tem a hora do suco de laranja e tem a parte da diversão. Alta rotatividade das modalidades e estrelas de várias esportes podem tirar o foco dos atletas. Imagino que não iremos cair nessa armadilha. Imagino também que é tentador sair na vila olímpica e divertir sem moderação. Entretanto, todos que estão ali representam, além deles próprios, uma nação. O profissionalismo vai falar mais alto.

Vale ressaltar o empenho dos atletas convocados em busca da vaga para a qual foram cortados. Enfatizar principalmente para os mais jovens como Maique, líbero mineiro e atleta do Minas, que Paris é logo ali. Um novo ciclo irá começar e todos estarão na briga novamente. Foi um trabalho louvável durante o ciclo olímpico e uma evolução notória. 

Falando sobre a preparação a Liga das Nações, veio em boa hora para testar as equipes e embalar para o que vem pela frente. Masculino e feminino brilharam no teste. Conheceram adversários e sistemas de jogo a poucos dias do campeonato mais importante do planeta. Estou confiante: quadra e praia são favoritos a medalhas. Ninguém vai passear no Japão. 

E o fuso horário? As delegações já estão em Tóquio aclimatando. Essa adaptação é primordial para um bom desempenho. São 12 horas de diferença. Quando estive no Japão lembro da dificuldade para me adaptar ao fuso. Dormir bem faz muita diferença para render bem. Alimentação não é um problema pois a vila olímpica conta com cozinha internacional e os times embarcam com cardápio planejado por profissionais altamente capacitados. Contagem regressiva para o maior evento esportivo do planeta. Aquele digno de comprar uma TV nova gigante em 24 vezes no boleto para não perder um lance sequer. 

Vai Brasil!!!

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!