É impressionante como nossa humanidade fica em evidência quando estamos diante de tragédias. Percebemos como somos frágeis, perecíveis, finitos… Ao mesmo tempo, é diante de acontecimentos extraordinários que percebemos como podemos ser grandes.
Ao acompanharmos a angustiante contagem dos corpos das vítimas do desastre de Brumadinho, somos postos à frente de duas realidades: a de que somos todos vítimas dessa tragédia e a de que em nós há um grande senso de heroísmo e solidariedade.
Em pouco tempo, vimos um mutirão de pessoas dispostas a ajudar, mobilizadas nas redes sociais, incentivando cidades inteiras a doarem alimentos, remédios, roupas e conforto a pessoas desconhecidas.
Não sei se esse sentimento brota em razão da sensação de injustiça, de impunidade, de descaso e da ganância de poucos em detrimento de muitos ou se surge quando percebemos que aquele velho clichê “juntos, somos mais” é a mais pura verdade.
Queria acreditar que essa sensação de querer fazer o bem fosse algo natural à nossa condição humana e que não só em acontecimentos trágicos, como esse, (que já ocorre pela segunda vez) fôssemos capazes de ver o outro como alguém que precisa de nós. Seja ao ajudar um cego a atravessar a rua, seja ao alimentar e cuidar de um idoso que já não tem autonomia para fazê-lo, o fato é que há quem dependa de nós, assim como dependemos dos outros.
Por fim, preciso falar dos bombeiros! Neste momento que estamos vivendo, eles cada vez mais em evidência, percebemos como certas profissões ultrapassam todas as barreiras.
Eles são um exemplo de categoria profissional que mostra que salvar vidas pode ir muito além de uma obrigação contratual ou de acordos firmados.
É claro que salvar vidas faz parte da rotina de muitos outros profissionais, como professores, fisioterapeutas, intérpretes, cuidadores de idoso e muitos outros. E a verdade é que estamos cercados de heróis! Daqueles que dão a vida pela vida de alguém, sem medir esforços, e que fazem ser impossível diferir o profissional do humano.
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O extraordinário consegue nos mostrar que nós somos todos humano
Queria acreditar que essa sensação de querer fazer o bem fosse algo natural à nossa condição humana e que não só em acontecimentos trágicos como esse (que já ocorre pela segunda vez) fôssemos capazes de ver o outro como alguém que precisa de nós.
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