Vingança

“Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mau; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; E, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.” Mateus 5:38-41

Estamos vivendo um tempo em que as pessoas estão se tornando cada vez mais insensíveis. A escalada de violência cresce a cada dia e, às vezes, o maior sentimento de muitos é de vingança. O amor está esfriando, e muitas pessoas aproveitam o versículo bíblico “olho por olho e dente por dente” para justificar seu desejo de vingança. Isso só foi válido para tempos remotos, aproximadamente 1400 a.C, quando a sociedade era rudimentar. No entanto, Jesus veio para mudar esse conceito e fazer prevalecer outra lei: não resistir ao perverso, mas dar-lhe a outra face, caminhar com ele outras milhas e dar-lhe a capa. Jesus não quer que ninguém fique prejudicado ou apanhe na outra face, mas que o ofendido perdoe o seu ofensor. Ele não quer que nos vinguemos do mal, mas que deixemos a vingança com Ele. Jesus veio para sancionar e fazer prevalecer a lei do perdão.

Vingança significa desforra. É um sentimento negativo que não deveria fazer parte da nossa vida. Alguns sentimentos alimentam a vingança, como o ódio, o rancor e a perseguição. Existem pessoas que não se sentem tranquilas até que vinguem o mal que sofreram. Todavia, o Senhor ensina que a Ele pertence a vingança: “A mim pertence a vingança, eu que retribuirei, diz o Senhor”. (Rm 12.19). E por que a vingança pertence a Deus? Porque somente Ele a executa com justiça e não por desforra. Ele não quer que o ofensor pague pelo mal que fez, mas aprenda que não se pode praticar o mal. Portanto, se formos ofendidos, não precisamos nos preocupar em pagar com a mesma moeda. Devemos simplesmente deixar com o Senhor. Não podemos usar o nosso “modus operandi”, mesmo quando somos injustiçados, mas entregar tudo a Deus. Ele é o Senhor. Devemos abolir qualquer sentimento de vingança dos nossos corações, porque sentimentos ruins minam a nossa alma e a nossa saúde.

O Senhor não quer que nos vinguemos do mal, mas, quando buscamos justiça pelos meios legais, isso não configura vingança. Se nossa causa compete aos tribunais humanos, devemos acioná-los, mas, caso seja de ordem espiritual, devemos levá-la a Deus. Quem resolve fazer justiça com as próprias mãos passa de vítima a réu. E Deus não nos tomará por inocentes, se tomarmos o lugar dele e julgarmos quem errou contra nós. A justiça do homem pode falhar, mas a do Senhor jamais falha.
Que o Senhor nos abençoe, com graça e justiça.

Pr. Jorge Linhares
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Twitter: @_JorgeLinhares

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