Rodrigo, 38 anos, atacante habilidoso, canhoto, veloz e frio nas finalizações. Hoje, ele não atua mais como profissional, pois teve a carreira prejudicada pelas contusões. Começou a jogar futebol na escolinha do Ica, do bairro Borges, e esteve no infantil do Cruzeiro. Foi levado para o América pelo diretor da base, Carlos Alberto de Souza, e logo se destacou. 

Ele foi artilheiro, com 11 gols, da Taça BH de 2000, quando o América foi campeão sob o comando do treinador Wagner Oliveira. Com isso, Procópio Cardozo, um bom observador, o levou para o profissional. No início, sentiu a mudança, mas aos poucos foi se soltando. E se destacou na conquista do Mineiro de 2001, quando grande parte do elenco do Coelho era formado por jogadores formados no clube. 

O atacante fez oito gols e foi o artilheiro da equipe do técnico Lula Pereira. Marcou dois na decisão contra o Atlético. No primeiro jogo, na vitória por 4 a 1, Rodrigo partiu em velocidade e, na saída de Velloso, mandou para as redes. A bola passou entre as pernas do goleiro atleticano.

Rodrigo só não foi mais longe por causa de contusões. Ainda nos juniores, ele passou por uma cirurgia para corrigir a patela que nasceu bipartida. No profissional, sofreu fratura por estresse na tíbia esquerda. Recuperado, foi liberado para os treinamentos e teve fratura de estresse na tíbia direita. 

Após curetagem óssea, o atacante perdeu a chance de se transferir para o Coritiba. Rodrigo conta que passou por 30 procedimentos cirúrgicos, com ele mesmo bancando o tratamento. 

Em 2009, o jogador voltou a atuar, pelo Ipatinga, sob o comando do treinador Enderson Moreira e depois de Marcelo Oliveira, sendo campeão mineiro do Módulo 2. Em 2010, disputou o Mineiro pelo Villa Nova, quando colocou ponto final na carreira profissional.
Atualmente, Rodrigo é monitor de futebol de escola integrada na Escola Municipal Professora Maria Mazarello.

"A escola abriu as portas para mim e para a minha família. Sou muito grato a todos. Isso me possibilitou abrir a minha escolinha de futebol Nova Estrela, no bairro Nazaré, que conta com mais de cem alunos”,diz Rodrigo.