SUPER HISTÓRIAS

Galinho Zico não jogou no Villa Nova

Redação O Tempo


Publicado em 30 de setembro de 2012 | 00:00
 
 
 
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Todo treinador chega como herói, como aconteceu quando Celso Roth no Cruzeiro. Os dirigentes pensam que o técnico vai fazer mágica, que vai conseguir transformar um jogador genérico em atleta de primeira linha. Como em outros clubes, Roth foi contratado no momento em que a Raposa vai mal financeiramente. Ele vem tentando fazer um time no decorrer da competição mais difícil do mundo, que é o Brasileirão. E sofre com contusões e suspensões de jogadores.

Pelo que tem em mãos, se ficar no G-8, estará muito bom. Seria uma campanha superior à do ano passado, quando a Raposa se salvou do rebaixamento só na última rodada. Celso Roth, campeão da Libertadores de 2010 pelo Inter, foi considerado o oitavo melhor treinador do mundo naquela temporada - o primeiro foi José Mourinho, do Real Madrid -, mas vai ter que esperar para conquistar o Brasileiro.

No quesito apagar incêndio, ROTH lembra Yustrich, que tirava leite de pedra e o sucessor era quem colhia os frutos. Aconteceu no Atlético quando ele entregou um grupo feito para que Telê Santana ganhasse o seu primeiro título na era Mineirão e o Brasileiro de 1971...

...Celso Roth, Leão, Felipão e outros disciplinadores são fichinha perto de Yustrich. Ele exigia pontualidade dos atletas, cabelo aparado, barba feita, nada de bebida alcoólica e cigarro. Exigia alimentação farta no café, no almoço e no jantar. Antes dos treinos, os jogadores eram obrigados a tomar mingau, o que valeu ao técnico o apelido de Zé Mingau entre os boleiros. Quando o ônibus atrasava para levar os jogadores para o estádio, Yustrich mandava os jogadores irem de táxi e encaminhava a conta para o presidente.

Só ele mesmo

Yustrich tinha araponga, o seu auxiliar Zezinho Miguel, que era encarregado de vigiar os jogadores fora de campo. No Porto, ele conseguiu a dobradinha de campeão português e da Taça de Portugal em 1955, quebrando um jejum de 15 anos. Na década de 80, foi homenageado no estádio das Antas, sendo aplaudido de pé pelos torcedores do Porto. Em 1969, sob o seu comando, o Atlético derrotou a Iugoslávia por 3 a 2. Amauri fez o primeiro gol do Galo, que vestia a camisa amarela da seleção brasileira. Yustrich não se conteve: entrou em campo, deu uma peitada no árbitro Ramon Barreto e um beijo em Amauri.

Volta olímpica

Em uma partida amistosa da seleção brasileira contra a seleção mineira, que foi representada pelo time do Atlético, Yustrich mandou os jogadores mineiros darem uma volta olímpica no estádio mostrando a camisa alvinegra, o que deixou João Saldanha, técnico do Brasil, furioso.

Galinho Zico não jogou no Villa Nova

O treinador Yustrich saiu do Atlético, teve passagem rápida pelo Villa Nova e foi para o Flamengo. Quando ainda estava no clube de Nova Lima, o presidente foi à procura de reforços e Yustrich indicou Zico. Jujuca o achou muito franzino e, por esse motivo, o Galinho não jogou no Leão do Bonfim.

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