SUPER HISTÓRIAS

Mariano chegou à Toca em 76 e já foi ganhando a Liberta

Redação O Tempo

Por Wilson José
Publicado em 18 de março de 2018 | 03:00
 
 
 
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Mariano, 65, gaúcho da cidade de Cerro Largo, veio para o Cruzeiro após negociação com o Internacional de Santa Maria, por indicação de Procópio Cardoso. O treinador assistiu ao duelo Caxias x Inter de Santa Maria, em Caxias do Sul (RS), e viu que Mariano poderia ser muito útil para o time da Toca da Raposa. Era o ano de 1976.

Apesar de ser destro, Mariano jogava como lateral- esquerdo. Ele precisou também mostrar que era polivalente, já que não seria fácil tomar o lugar de Nelinho, titular absoluto na lateral direita, e que a briga com Wanderlei, na esquerda, também era complicada. E vontade não lhe faltava.

Mariano raramente se machucava. Sua estreia foi contra o Atlético, como lateral esquerdo, tendo pela frente Cafuringa, que era driblador e veloz. O jogador conseguiu sair vitorioso no clássico, e ainda foi dele o gol da vitória.

Libertadores. Assim que foi contratado, Mariano conquistou o título mais importante de sua carreira, o da Copa Libertadores da América de 76. Ele jogou uma partida. Entrou no lugar de Wanderlei, que cumpriu suspensão na vitória de 7 a 1 em cima do Alianza Lima, do Peru. “Antes da partida, os jogadores se reuniram e prometeram golear os peruanos por sete gols em homenagem ao número de Roberto Batata, que tinha falecido em acidente”, lembra.

Mariano conta que sente orgulho por ter atuado ao lado de jogadores como Raul, Nelinho, Joãozinho, Jairzinho, Palhinha, Eduardo, Zé Carlos, Dirceu Lopes, Roberto Cesar, Toninho Almeida e muitos outros. Ele diz que se tornou cruzeirense de verdade.

Depois de fazer uma cirurgia no quadril, Mariano ainda jogou no interior paulista, onde defendeu o Taubaté e o Sertãozinho.

Ex-lateral precisou começar tudo do zero

Mariano pendurou as chuteiras, aos 33 anos, devido a dores nas pernas. Vieram as dificuldades financeiras, e ele teve que começar tudo do zero.

Passou a trabalhar no Ministério do Trabalho pela manhã, à tarde no projeto Dente de Leite, e à noite em quadra de futebol de salão. Ele se aposentou por invalidez aos 44 anos, com muitas marcas no corpo por causa do futebol.

O ex-jogador do Cruzeiro hoje reside em Belo Horizonte, com a esposa, Maria Inês, e os filhos Mariana e Rafael, que tentou ser jogador de futebol, mas não obteve sucesso.

Mariano não frequenta estádios atualmente, mas assiste aos jogos pela TV. O gaúcho prefere comida mineira. “O futebol hoje é diferente, muita correria, pouca técnica. Antes tinha mais craques”, comenta.

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