SUPER HISTÓRIAS

Meio de campo é lugar para quem sabe jogar

Redação O Tempo

Por Wilson José
Publicado em 02 de julho de 2017 | 03:00
 
 
 
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O meio de campo é onde a partida pode ser definida, segundo os entendidos. Nesse setor sempre jogavam os mais inteligentes. Ali é lugar de criatividade. Mas os treinadores, para garantir uma vitória ou o emprego, procuram congestionar tudo por ali usando, às vezes, até cinco jogadores. Nos anos dourados do futebol, jogavam três formando o tripé do meio campo. O que inspirou Gilberto Gil a compor a música “Meio de Campo”, que foi sucesso na voz de Elis Regina.

Pelo futebol mineiro já desfilaram meio-campistas que dão saudade, como Wanderlei Paiva, Piazza, Cerezo, Douglas, Dirceu Lopes, Danival, Elzo, Zé Carlos, Spencer, Dirceu Alves, Juca Show, Moacir, Ricardinho... Conversei na semana passada com esses dois últimos, que desfilaram seus talentos no clássico Atlético e Cruzeiro. Moacir e Ricardinho jogaram muito.

Moacir tem 47 anos. Era chamado de Girafa pelos companheiros. No Atlético, foram 199 jogos e 24 gols nos anos 80 e 90. Foi importante nas conquistas da Conmebol de 1992 e dos Mineiros de 1988, 89 e 91.

Moacir gostava de jogar clássicos e lembra que tinha que ir bem contra o Cruzeiro, pois precisava mostrar serviço para ter o contrato renovado. Ele admite que ficou nervoso no primeiro Galo x Raposa.

Turma do deixa disso

Moacir fez gols em clássicos. Em um deles, em 1990, estava na pequena área e conseguiu chutar mesmo sentado e venceu o goleiro Gomes.

Nesse mesmo jogo, Moacir sofreu pênalti quando ia ser substituído pelo técnico Arthur Bernardes, que acabou sacando Éder Aleixo. E o tempo fechou depois do jogo. A turma do deixa disso precisou entrar em ação para que Arthur e Éder não saíssem no braço.

Mosquitinho se sentia torcedor em campo

Ricardinho, 41, lembra-se com muito orgulho do tempo em que era chamado de Mosquito. Foi um cracaço de bola do meio campo do Cruzeiro nas décadas de 90 e 2000 e está entre os que mais jogaram pelo clube, com 419 partidas e 45 gols.

Ricardinho tem orgulho também de ter atuado no Japão, onde jogou pelo Kasshiwa Reysol por cinco temporadas. Em Belo Horizonte, ele lembra como clássico sempre foi emocionante e diz que ficava ansioso para jogar. O primeiro Raposa x Galo dele foi em 1994. O Mosquitinho fez quatro gols em clássicos, em Veloso e Milagres, chutando de fora da área. “Eu me sentia um torcedor dentro de campo”, conta. “Jamais jogaria no Atlético, acho que a camisa não ficava bem no meu corpo.”

Contra o Galo, Ricardinho foi, muitas vezes, o melhor jogador em campo.

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