SUPER HISTÓRIAS

O futebol também é delas

Redação O Tempo


Publicado em 12 de março de 2017 | 03:00
 
 
 
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O futebol era um universo dominado só por homens. Era, pois a cada dia vemos mais mulheres ingressando nesse esporte, desde o campo (como atletas e na arbitragem), no setor administrativo e também na área da saúde (psicologia e nutrição).

Antigamente, quem cuidava da alimentação dos jogadores eram as cozinheiras. Hoje, são nutricionistas que fazem esse trabalho. Em sua maioria, a função é exercida por mulheres – as exceções entre os grandes clubes do futebol brasileiro são Guilherme Cysne Rosa, do Avaí, e Evandro Vasconcelos, que cuida do time principal do Atlético.

Quando o assunto são os jogadores em formação, a alimentação fica sob responsabilidade da nutricionista Claudia Foscarini e, no caso do América, Luana Ferreira cuida da alimentação dos jovens atletas. O Tombense contra com o trabalho de Aline Araújo. Há mais de 30 anos, Silvia Ferreira cuida da alimentação do elenco do Flamengo – ela também trabalha para a CBF e se dedica à seleção brasileira há 13 anos.

Mas não para por aí. As mulheres estão presentes em vários departamentos. O Atlético conta com a colaboração da psicóloga Michelli Rios e da assistente social Heloisa Ribeiro; Vivian Cansiam cuida do departamento de psicologia da Caldense; o Botafogo tem a dentista Daniele Rodrigues; e o São Paulo conta com Climara Morette, único grande clube do Brasil que conta com uma fisioterapeuta.

Executivas da bola

As mulheres também chegaram ao alto escalão do futebol. Adriana Branco, por exemplo, atuou como diretora executiva do Atlético por quase 20 anos. Muito respeitada, tinha total confiança dos presidentes com quem trabalhou era respeitada por todos no clube. Construiu uma história na equipe mineira, que deixou para trabalhar na Prefeitura de Belo Horizonte na gestão do atual prefeito, Alexandre Kalil, ex-presidente do Galo.

A empresária Leila Pereira é integrante do conselho do Palmeiras. Por meio de sua instituição financeira, patrocina o clube paulista e banca a contratação de jogadores. Entre os planos de Leila está presidir o atual campeão brasileiro em 2017.

Donas do apito

Já na arbitragem, Helen Gonçalves Araújo, de 30 anos, e Fernanda Gomes, de 25, são as apostas da Federação Mineira de Futebol (FMF). Na disputa por uma oportunidade para atuar no Campeonato Brasileiro, Helen sai na frente. Ela já trabalhou em quatro partidas, enquanto Fernanda atuou em uma.

Helen é aspirante ao quadro da Fifa e conta com o incentivo do marido Denis Rossvelt, que foi árbitro – os dois assistem aos vídeos dos jogos em que Helen trabalha e, juntos, fazem uma avaliação do trabalho dela.

A arbitragem entrou na vida de Fernanda por incentivo do pai, Nilton Antunes, e de amigos. Após apitar vários jogos de futebol society, tomou gosto pela atividade e fez um curso na FMF, em 2011. “Amo o que faço e não me vejo longe dos campos de futebol”, disse.

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