SUPER HISTÓRIAS

Talento e profissionalismo marcaram a carreira de Alves

Alves foi formado no Atlético e assumiu a condição de titular quando Getúlio foi negociado com o São Paulo

Por Wilson José
Publicado em 10 de fevereiro de 2019 | 03:00
 
 
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Alves, 62, foi formado no Atlético, onde chegou em 1971, tendo passado por todas as categorias inferiores do clube até chegar ao time profissional. Ele assumiu a condição de titular, quando Getúlio foi negociado com o São Paulo.

O talentoso lateral-direito vestiu a camisa do Atlético em 210 jogos e fez 19 gols. Alves conta que gostava dos grandes jogos, principalmente contra o Cruzeiro, e lembra que sempre se deu bem jogando contra Joãozinho. Com muita marcação, o atacante cruzeirense tinha dificuldade de jogar contra o Atlético na época. “Eu era um carrapato, diminuindo o espaço na marcação coletiva. O ponta Serginho dava o primeiro combate, depois eu dava o bote, e o Toninho Cerezo vinha na cobertura”, afirma o ex-jogador do Galo.

Em 1977, em uma partida contra Bahia, Alves fez um cruzamento que acabou resultando em um lindo gol. Ele se lembra muito bem daquele lance.

O ex-jogador tem saudade do ambiente do futebol e conta que a união fazia a diferença. Para ele, Reinaldo foi um gênio. Mas Alves destaca também outros grandes jogadores com quem teve a chance de atuar, como Marcelo, Paulo Isidoro, Ziza e Cerezo.

O melhor lateral-direito que ele viu jogar na sua época foi Leandro, do Flamengo. “Ele era completo, um baita jogador”, diz.

Alves trabalhou com vários treinadores, mas fala de seu começo no Atlético com Gegê, Barbatana, Telê Santana, Procópio Cardoso e Mario Travaglini. Houve um imprevisto com Procópio Cardoso, e por causa dessa divergência Alves deixou o Atlético. Mas ele fez muitos amigos no futebol, como Marcelo, João Leite, Heleno, Paulo Isidoro e Hilton Brunis. “A amizade é o grande ganho do futebol”.

Sensação esquisita

Alves também jogou no Cruzeiro. No primeiro clássico contra o Galo, sentiu “uma sensação diferente, esquisita”. Mas foi bem recebido e teve uma boa passagem pelo clube da Toca da Raposa mostrando muito profissionalismo.

Ele defendeu também Bahia, Internacional, Portuguesa e Náutico, onde encerrou carreira, aos 31 anos, em 1988, chateado por causa de um assalto no apartamento em que morava em Recife. Depois trabalhou na base do Atlético.

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