SUPER HISTÓRIAS

Um zagueiro que soube honrar o manto alvirrubro

Redação O Tempo


Publicado em 20 de maio de 2018 | 03:00
 
 
 
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Isaac, 56, começou na base do Villa Nova como meio-campista. Na falta de um defensor, o treinador Nelsinho o transformou em zagueiro, posição em que acabou vencendo no futebol. Admirava Vantuir, Grapete e Darci Menezes, que jogavam com categoria. 

Isaac era firme na marcação e colocava ordem na casa. Por isso, era chamado de xerife. Ele sabia sair jogando e diz que não era violento. Estreou no profissional em um amistoso contra o Guarani, em Divinopólis, e não saiu mais do time. Atuou no Villa nas décadas de 1970 e 80. Teve passagens ainda por Vitória, Santo André, Nacional-SP, São José, Galícia. Mas está entre os atletas que mais vestiram a camisa do Villa, com 305 jogos. Em 1983, foi escolhido um dos destaques do Campeonato Mineiro.

Vários de seus ex-treinadores são inesquecíveis, como Nelsinho, Lito, Arizona, Dawson Laviola, Mussula, Ilton Chaves, Procópio Cardoso, Pinheiro e Yustrich. “Ele brigava pelos direitos dos jogadores”, fala Isaac sobre Yustrich. Mas seu preferido era Aymoré Moreira. 

Isaac formou zaga com vários jogadores, mas Paulo Roberto era com quem ele se entendia melhor. O atacante mais difícil de ser marcado foi Reinaldo, do Galo. Isaac precisava entrar mais forte nos jogos contra Atlético e Cruzeiro, por isso foi expulso contra os dois clubes da capital com alguma frequência. 

Meu personagem de hoje marcou também Dadá Maravilha. O segredo era tomar a bola quando Dadá tentava dominá-la.

Villa não liberava fácil

Isaac esteve perto de defender o Atlético, mas a diretoria do Villa fez uma pedida considerada alta, e o Galo contratou o uruguaio Olivera. Isaac acertou com o Vasco, indo a São Januário, mas foi avisado pelo presidente Antônio Soares Calçada para retornar a Nova Lima, já que o Leão do Bonfim aumentou a pedida, o que destruiu seus planos. 

Em 1990, foi jogar no América, por indicação de Procópio Cardoso, por uma temporada. Ele se destacou, e o contrato foi prorrogado por mais dois anos. Ele lembra que o Coelho foi um clube que agiu de maneira correta. A verdade é que Isaac ficou decepcionado com dirigentes de vários clubes, por isso pendurou as chuteiras em 1995, no Galícia.

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