Se eu fosse um índio de cocar e tanga, diria, depois da votação que autorizou a defenestração de Dilma boca porca naquele domingo fatídico: “muitas luas passarão até que eu assista a um espetáculo tão ridículo como as justificativas de voto da maioria dos deputados...” Que coisa horrorosa, à exceção, por incrível que pareça, de Tiririca e Paulo Maluf, que, simplesmente, cumpriram o que manda o Regimento da Casa. Ficou provado que nem sempre prevalece o ditado segundo o qual “de onde menos se espera, daí é que não sai nada mesmo...”
Em compensação, ficamos sabendo das opiniões de Letícia Sabatella, uma noviça rebelde (que recentemente cismou que tem liderança política e danou a falar fora do palco, de onde nunca deveria ter saído), e também das de Chico Buarque. Falar de pobreza com apartamento em Paris é fácil, mas nada acrescenta à biografia do Chico. Nesse meio onde pululam os chatos, como um tal de Zé de Abreu, que antes de anunciar sua candidatura a deputado declarou sua bissexualidade como argumento de campanha, penso que não tem lugar para o Chico, até porque aguentar o lulismo dele já é dose para qualquer um de seus admiradores. Nós envelhecemos e ficamos chatos. Ele devia adiar esse destino...
Leio nos jornais que houve vários protestos contra o deputado Bolsonaro por ter elogiado um coronel que foi condenado por tortura. Será que esses que estão pedindo a cassação de seu mandato votaram nele? Ou estão no modismo petista de defesa dos desfalques no Tesouro nacional sob a rubrica “pedaladas”? Pode ser que eu esteja errado, até porque nunca fico em dia com as armadilhas desse governo mentiroso. Revogaram o artigo 5º, inciso IX, da Constituição Federal, que garante a todos “direito de expressão”? Então, por que o Bolsonaro não tem o direito de achar o que ele quiser, de quem ele quiser? Quem se considerar prejudicado ou ofendido com o que pensa e diz o deputado que recorra ao Judiciário, que é o poder reparador, afinal, todos são iguais perante a lei. São adeptos ou admiradores do sanguinário Fidel Castro e de seu cinematográfico “boy” Ernesto “Che” Guevara. Qual a diferença entre torturadores da direita e da esquerda?
Também o ex-presidente FHC está reclamando justiça pelos elogios que Bolsonaro fez ao coronel Ustra e pedindo punição para o deputado. Por essas e por outras eu nunca votei nele. Acho-o “un vaniteux”. Não seria melhor que o ilustre ex-presidente fosse cuidar de sua biografia, de que tanto se orgulha, já que está com problemas lá na Lava Jato?
Esses que censuram o deputado Bolsonaro, além de não ter votado nele, são os mesmos que idolatram os Marighellas e os Lamarcas da vida, que, dizem, foram assassinados à traição. O guerrilheiro Marighella morreu de metralhadora nas mãos, lutando pela causa que abraçou. Lamarca foi abatido em combate nas matas da Bahia depois de ter roubado um caminhão de armas do Exército e matado o militar de 21 anos que estava de plantão. Enfim, cada um com seu cada um...
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