TRIGUEIRINHO

A alegria da comunhão com a alma na transformação espiritual

Redação O Tempo


Publicado em 31 de julho de 2016 | 03:00
 
 
 
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Quando o indivíduo se volta para o caminho espiritual, é necessária uma transformação intensa de muitos aspectos de sua natureza humana.

Nem todos, porém, podem suportar esse processo de transformação de forma muito rápida, pois os graus de desenvolvimento dos indivíduos são diferentes. Por isso, não se pode estabelecer regras a serem seguidas igualmente por todos.

Assim, quando o indivíduo ingressa no caminho espiritual e se propõe servir a Deus, nem mesmo um ambiente todo voltado para essa meta é capaz de promover sua transformação completa e imediata. O conjunto de energias e forças humanas que ele traz e expressa em suas atividades cotidianas interage com a matéria sob a forma de forças instintivas, energias emocionais, energias mentais e toda a carga de desejo de autorrealização que o indivíduo carrega consigo. Isso influencia as transformações pelas quais ele deve passar.

Entretanto, se algumas atitudes internas do indivíduo dificultam sua transformação e tornam o processo lento, outras podem facilitá-la e agilizá-la. Assim, existem duas formas muito distintas de interação do indivíduo com o mundo.

Numa, iludido pelo mundo, o indivíduo esforça-se para satisfazer suas aspirações pessoais – buscando, portanto, uma realização egoísta. Neste tipo de interação predomina o ego e, até que ele seja absorvido pela alma, manipulará as forças da personalidade, levando o indivíduo a identificar-se com as aparências externas e a deixar-se dominar pelo orgulho, pela falta de união e pela ambição. Essa atitude faz o indivíduo querer colocar-se no centro das atenções e buscar a própria satisfação em prejuízo dos demais. De tal impulso surgem seus males e os da humanidade.

Em outra, o ego deve ser transformado por meio da entrega do indivíduo aos seus planos superiores, planos internos, para que ele possa integrar-se à sua alma e, assim, chegar a um patamar superior.

A superação das tendências egoístas e do domínio exercido pelo ego é feita por meio de outro tipo de atitude, na qual o indivíduo permite a intervenção de energias internas superiores que revelam a divindade de sua alma. Essa intervenção leva o indivíduo além de suas tendências egoístas, de suas ilusões e de seus conflitos. Dessa forma, ele torna-se capaz de exercer maior controle sobre as forças da personalidade, pelo aperfeiçoamento e busca da comunhão com a sua alma e pela introdução, em tudo o que faz, de qualidades superiores.

Essa comunhão com a alma traz alegria e torna o indivíduo capaz de auxiliar os que ainda não reconheceram a necessidade de voltarem-se para a Luz. E essa alegria é muito maior do que aquela que ele tinha quando guardava só para si o que a vida interior lhe concede.

Quando esse contato interno existe, a transformação se dá de forma equilibrada, pois a energia já foi elevada pela renúncia às ambições puramente mundanas e à satisfação pessoal.

Entretanto, a energia que move o indivíduo a agir dessa forma só poderá atuar naqueles que estiverem abertos e deixarem-se levar por ela. Para os que a aceitarem, ela será um manancial de cura que permitirá aos indivíduos irem além de si mesmos.

É por meio da segunda atitude, da entrega do ego, que os estímulos superiores podem chegar à humanidade, eterna peregrina na trilha do Divino.

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