TRIGUEIRINHO

A importância do silêncio como instrumento da harmonia

Redação O Tempo

Por TRIGUEIRINHO
Publicado em 15 de fevereiro de 2009 | 00:00
 
 
 
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Como a mente humana, na sua quase totalidade, ainda não é educada, seria prudente deixar que os processos íntimos de cada um permanecessem preservados. Os que escutam, se não têm o hábito de trabalhar com o consciente direito e com irradiação, podem emitir formas de julgamentos, críticas ou conceitos para quem está falando, provavelmente criando para o outro, no plano mental, obstáculos ao caminho de transformação, que deveria ser o mais desimpedido possível. Ademais, a opinião de quem ainda não tem contato consciente com a sua luz interior é sempre uma opinião pessoal, que reflete a experiência que ele próprio teve. É, na melhor das hipóteses, apenas um parecer útil. Nesse campo, portanto, calar pode ser mais oportuno que falar - a menos que dizer algo torne-se uma necessidade real e um instrumento positivo de construção. Nesses momentos críticos, a lei do silêncio deve ter sido trabalhada e assimilada pelo indivíduo que em vidas anteriores se treinou a cumpri-la para que ela pudesse implantar-se.

O significado do silêncio abrange a ausência de críticas e de comentários mentais, condição que se reflete na ação externa, levando o indivíduo a falar o necessário ou o que é de ajuda real para os outros. Enquanto não se sabe calar, não se pode ter a oportunidade de contato com realidades sutis, dado que todos os níveis da existência se intercomunicam, e que qualquer indiscrição que ocorra em um nível pode produzir desastres em vários outros. Deve-se ter consciência de que uma verdadeira informação só pode ser transmitida se é útil ao trabalho de quem a recebe, ou quando auxilia na construção da harmonia e do amor. O indivíduo que adere ao trabalho de aprofundamento deve ter o discernimento treinado para distinguir a impressão, a intuição, o sentimento ou a premonição, e saber se aquilo percebido é só para ele, para sua própria informação, ou se é para ser transmitido. Mas sua discriminação não deve parar aí. Em seguida, caso conclua que o assunto é para ser transmitido, precisará saber quando, de que forma, e para quem fazê-lo.

Sem que dele sejam exigidos grandes esforços, o conhecimento lhe trará as soluções. Quando conta com o discernimento, quando tem fé que o melhor acontecerá e quando está atento ao que está falando, sentindo e pensando, o que ele manifestar estará bem para aquele momento. Saber discernir, portanto, é estar atento para o mundo do consciente direito, mundo que não tem fórmulas fixas, mas que indica a atitude correta a ser assumida diante de toda e qualquer situação. Nenhuma força externa desintegradora pode impedir que o indivíduo busque o próprio contato, a menos que ele o permita, a menos que se distraia com ela. Mesmo que tenha reações mais ou menos conscientes, mesmo que sofra ataques dessas forças hostis, mesmo que as circunstâncias cármicas que o cercam sejam desfavoráveis, nada disso precisa pesar no seu trabalho de aprofundamento, pois que este é essencialmente secreto. Se o indivíduo já tem clareza da própria meta espiritual, e se tem consciência da decisão que tomou, nada de negativo pode prevalecer em seu caminho. Grupos e indivíduos que trabalham o aprofundamento cuidam da própria purificação, dado que a lei que a rege está em plena atividade na superfície do planeta Terra nos dias de hoje. Cuidar da purificação é ficar aberto e disponível para a ação dessa lei superior. Agindo, em certos casos, até destrutivamente, ela traz a dissolução de todo e qualquer obstáculo à evolução.

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