Devemos sempre invocar a luz que rege a tudo e a todos

O ato de ponderar significa alargar nossas perspectivas

Redação O Tempo


Publicado em 06 de dezembro de 2015 | 03:00
 
 
 
normal

Aqueles que são ponderados sempre dão a impressão de estar realizando alguma tarefa interior, embora nem sempre estejam conscientes disso.

Ponderar significa observar com atenção minuciosa. Significa medir e pesar todos os lados de uma questão antes de formar juízo sobre ela ou antes de agir. É requisito para uma ação interior profunda.

Portanto, precisamos dedicar-nos a avaliar amplamente os assuntos, a vê-los de diferentes ângulos, e não só conforme a nossa própria reação. Precisamos aprender a considerar os pontos de vista dos demais, alargar nossas perspectivas.

Algumas atitudes são requeridas para nos tornarmos ponderados. A primeira delas é a sinceridade na aspiração e a determinação a evoluir, a ir adiante mesmo que o ego reaja, mesmo que não esteja disposto. Para optar com correção temos, portanto, de diferenciar o que provém da natureza anímica e interna do nosso ser daquilo que provém da personalidade, da natureza externa.

Outra atitude é a de não fazermos as coisas superficialmente em razão de alguma pressão externa, como, por exemplo, prazos, debilidade física ou outras. Mesmo quando o tempo parece expirar, mesmo quando o corpo físico parece não estar bem, não podemos deixar de refletir e buscar perceber o que é mais indicado em dado momento. Se agirmos assim, com verdadeira ponderação, o tempo passa a ser suficiente, o corpo passa a responder de modo positivo e tudo começa a corresponder às nossas decisões mais internas.

A terceira atitude é a de não deixar a mente vagar por conta própria. A mente tem de se organizar e estabelecer as prioridades entre os assuntos do dia, para fazermos com ordem o que nos cabe.
Para conquistarmos essas atitudes precisamos de firme intenção e de esforço. Não nos tornamos ponderados de um momento para outro. É necessário buscar tal qualidade com persistência.

Se mantivermos com persistência a intenção de nos tornar ponderados, seremos ajudados pelas forças internas do nosso próprio ser e por Deus. Passaremos a ser inspirados em nossa ação. Nossa capacidade de ponderar será então muito enriquecida, pois transcenderá recursos e experiências individuais. A inspiração provinda de níveis superiores aumenta o valor da reflexão.
Ponderar inclui pedir aos mundos internos luz sobre o que fazer e pensar, ou sobre como nos organizar. Para invocar essa luz, podemos fechar os olhos por alguns instantes. Esse ato, tão simples, tem profundas repercussões. Simboliza a nossa oferta e aspiração a ver de modo nítido. Depositamos nos mundos internos toda a nossa atenção, olhos fechados para o externo. Isso faz parte da educação do ego, em que desenvolvemos outro tipo de contato com as coisas que nos cercam.

Ao cerrar os olhos, podemos perceber realidades desconhecidas e prosseguir inquirindo: “Que é isso? Que lugar é esse? Faz parte da minha vida? Está próximo ou distante?” E a mente pode enviar-nos imagens e impressões como resposta.

Enquanto ponderamos, podemos ir além da nossa experiência se pedimos sugestões ao profundo do nosso ser e aguardamos em silêncio, sem expectativas. Podem, então, surgir ideias ou vislumbres de caminhos inusitados. Podem emergir sentimentos que não conhecíamos ou podem transformar-se sentimentos antigos.

Tendo aprendido a ponderar, ficamos diante do desenrolar da vida com muita simplicidade e naturalidade.

Para aprofundar no tema ou para conhecer as obras do autor, acessar o site www.irdin.org.br ou www.comunidadefigueira.org.br

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!