A frase “por qué no te callas?” (“por que não te calas?”) foi dita em 2007 pelo rei Juan Carlos da Espanha ao ditador venezuelano Hugo Chávez, que insistia em chamar de “fascista” o ex-chefe do governo espanhol, José Maria Aznar.

A providencial intervenção do monarca espanhol, à época, poderia ser perfeitamente utilizada pelos brasileiros e dirigida ao presidente Lula, que enche os pulmões para proferir frases questionáveis, em declarações ideológicas, confusas e controversas que geram repercussões negativas para o Brasil.

Lula consegue constranger a todos com seus comentários disfuncionais e insensíveis, sejam sobre tragédias locais, demandas sociais ou até mesmo sobre questões e conflitos internacionais. Ora, ninguém aguenta mais ouvir as narrativas “nonsenses” desse senhor. As suas falas de apedeuta narcisista, data venia, formam discursos desconexos, em um momento em que o seu governo desregrado está ladeira abaixo, colapsado, necessitando de eixos, trilhos e gestão.

Não é minimamente aceitável ouvir de um governante frases acerca de resolver uma guerra “tomando uma cerveja”; questionar uma mãe de cinco filhos sobre quando ela iria “fechar a porteira”; afirmar que Venezuela é vítima de “narrativa de antidemocracia e autoritarismo”; xingar o agronegócio de “fascista” e “direitista”; propor que, se tal produto está caro, você não o compra; bravatear “eu sou um amante da democracia (...) porque, na maioria das vezes, os homens são mais apaixonados pela amante do que pelas mulheres”.

Não bastassem esses desatinos, eis mais algumas polêmicas, entre as centenas verbalizadas por Lula e publicadas pela imprensa: “A classe média ostenta um padrão de vida que não tem na Europa”; “o que está acontecendo na Faixa de Gaza (...) só existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”; “nenhuma mulher quer namorar um cara que é ajudante-geral”; “uma afrodescendente assim gosta de um batuque, de um tambor”.

E Lula continua desafiando o mundo ao estilo Dom Quixote, brigando com moinhos de vento: “Eu acho que o mundo precisa encontrar um jeito de que a nossa relação comercial não precise passar pelo dólar (...), ninguém determinou que o dólar é a moeda padrão”; “se nós não dermos a resposta no dia 1º, ele vai taxar o nosso comércio em 50%. Vou contar uma coisa pra vocês: eu não sou mineiro, mas eu sou bom de truco e, se ele estiver trucando, ele vai tomar um seis”.

Desde a posse para seu pífio terceiro mandato, Lula continua no palanque, falando para plateias de tolos e militantes, em vez de governar para o povo brasileiro, independentemente se de esquerda, centro ou direita.

Manter um ambiente de forte polarização interna e de provocações externas não é medida inteligente. É tempo de construção de pontes e de alianças estratégicas e democráticas que possam ajudar o Brasil.

Portanto, é tempo de falar menos, ouvir mais e agir com diplomacia. É tempo de: Lula, por que não te calas?