Foi-se o tempo em que dança de salão era hábito da terceira idade. As crianças invadiram as academias e elegeram a dança como atividade física. Bolero, samba, soltinho e forró ganharam ainda mais charme e rostos - ou melhor, pernas - muito mais jovens. O movimento ainda é novo e tem a ver com a busca dos pais por atividades que preencham o tempo dos filhos, enquanto estão longe da escola. Daí, o desejo de conhecer novas aulas e sair da mesmice dá lugar à dança de salão, ao invés dos tradicionais futebol, natação, balé e judô.
A primeira impressão pode não ser a melhor, principalmente porque existe um preconceito que associa a dança à gente antiga - ainda mais numa época em que imperam os ritmos como axé, rock e eletrônico. As pessoas acham que dança de salão não é para jovens. Além disso, ninguém quer dançar junto hoje em dia.
Para receber as crianças que curtem dançar, a academia Passo Básico tem turma aos sábados.
De acordo com a coreógrafa e diretora artística da escola, Páola Barata, as aulas são apresentadas com formato de brincadeira. "Ensinamos aos baixinhos a essência e os princípios básicos do estilo de salão. É uma forma de desenvolver a sensibilidade musical e conhecer o próprio corpo", explica.
Descontração
As aulas, sempre descontraídas e animadas, são ministradas por um casal de professores que ensina o papel da dama e do cavalheiro durante a dança. A idade mínima aconselhável é de 7 anos, para que a criança possa tirar maior proveito das aulas. "Além disso, as crianças muito novinhas são mais dispersas", explica Páola.
A turminha está empenhada! São cinco mini-casais que já preparam uma coreografia especial de samba para apresentar no baile de aniversário da escola de dança. Os irmãos João Pedro, 7, e Deborah Fernandes Bitarães, 13, estudam no Colégio Santa Maria (Cidade Nova) e fazem aula junto com o primo Edson de Souza Fernandes Júnior, de 13 anos, que sai de Contagem para aprender a dançar. "Nossa família toda gosta de dançar. Antes a gente ficava parado vendo, agora a gente dança também", comemora Deborah.
Oportunidade de treinar
Anna Luiza Gomes Saldanha, de 9 anos, estudante da Escola Municipal José Madureira Horta, conhece a dança mais de pertinho ainda. O professor das crianças, Caíque Oliveira, é tio dela.
"Eu gosto disso porque quando chego em casa, posso treinar com ele", explica Anna.
Apesar de ouvir piadinhas dos colegas de escola, Lucas Eduardo de Faria, 13, tira vantagem da dança de salão. "Na escola, quando tem festa, eu sou o único que tira as meninas para dançar. Os outros ficam só olhando. Não sabem dançar", diz.
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