Mais do que um estado permanente de paz e tranquilidade, pensamento que pode permear o senso comum, a yoga é uma busca. Esta busca, explica o instrutor de yoga Roberto El Check, parte da necessidade de transformação dos elementos que compõem a existência humana. Ela não é, portanto, o ponto de chegada, mas um caminho transformador. E as diferentes técnicas servem como auxílio às pessoas.
Para que a chamada iluminação seja conquistada, como explica El Check, é necessário percorrer oito passos, aqui designados: Yamas e Nyamas (uma espécie de “dez mandamentos”, ou um código de ética a ser seguido e praticado pelo iogue), Asanas (posturas físicas), Pranayamas (expansão da respiração), Pratyahara (retração de sentidos), Dharana (concentração), Dhyana (meditação) e Samadhi (iluminação).
Porém, esta iluminação é algo relativo e não depende de palavras difíceis ou ritos secretos e segmentados, na concepção do professor. Para El Check, a pergunta sobre ser iluminado pode ser respondida da seguinte forma: “Iluminação é a hiperconsciência. E você pode alcançar isso em muitos momentos de sua vida”, explica. “Quando você olha para o mar, fica maravilhado e não consegue sair dali, isso é samadhi. É viver sensações de bem-estar sem nenhum pensamento atormentado. É estar no momento presente, sem resquício de passado ou indícios de futuro”.
El Check defende que o tempo e a prática são o melhor caminho para que o aluno encontre sua verdade.
Para a também professora de yoga Ângela Campelo, além da busca pela iluminação, a yoga é uma filosofia de vida que fortalece a fé – e isso independe de religião. “Encontramos o estado de êxtase quando conseguimos fazer uma meditação profunda. É um estado de plenitude. Trabalhamos o nosso ser como um todo”.