Natal

Dez anos de Samba de Noel

Na tarde da próxima terça (25), como já é tradicional, Renegado se junta a outros artistas da capital e aos grupos Batuque Beauvoir e Pipoca Moderna para celebrar o Natal e promover a solidariedade

Por Jéssica Almeida
Publicado em 22 de dezembro de 2018 | 03:00
 
 
 
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>O rapper Flávio Renegado e o músico Robson Batata são amigos desde a infância. Já no início da vida adulta, passaram a trabalhar juntos. Em 2008, Renegado deu os primeiros passos de sua carreira profissional. Naquele mesmo ano, Batata, ao lado de Alexandre Gaguinho promoveram o primeiro Samba de Noel. Dez anos depois, tanto o rapper quanto o evento celebram o fato de estarem cada vez mais consolidados na cena belo-horizontina.

Na tarde da próxima terça (25), como já é tradicional, Renegado se junta a outros artistas da capital – Waltinho Tradição, Nonato, Fabinho do Terreiro, Aline Calixto, Gustavo Maguá, Fernando Bento, Evair Rabelo, Tavinho Leoni e Manu Dias – e aos grupos Batuque Beauvoir e Pipoca Moderna para celebrar o Natal e promover a solidariedade (o evento tem como entrada a doação de 1 kg de alimento não perecível, a ser doado para instituições que desenvolvem trabalhos com a comunidade do Alto Vera Cruz, onde é realizado).

“O Robson toca comigo há mais de 15 anos, quase 20. Somos parceiros de música esse tempo todo e quando ele teve a ideia, falou comigo que estava querendo fazer um samba na porta de casa, passar o Natal junto com os amigos, uma coisa despretensiosa”, lembra Renegado. “E é louco porque foi bem paralelo ao meu trabalho. Desde então, rodamos o mundo. O Robson tocou comigo na maioria dos países em que me apresentei. E era legal que a gente sempre voltava perto do Natal e fazia festa com os amigos. Virou essa coisa maravilhosa”.

Ele observa que o evento apenas consolidou e ampliou algo que já era um hábito na comunidade. “Desde quando éramos mais novos, temos essa tradição, de fazer uma via sacra na casa de todo mundo no Natal. Com o Samba de Noel, nós oficializamos esse encontro. Pra todo mundo do Alto Vera Cruz e também pra quem é de fora. É uma festa pra todo mundo compartilhar”, diz.

Embora o gênero de sua música seja o rap, Renegado tem no samba uma de suas principais influências e garante que vai estar em casa. “Sou rapper por acidente, me criei no samba, meus amigos são sambistas, é uma paixão. E o samba é da comunidade, é aquela história: todo mundo mata a tristeza numa roda de samba, batendo na palma da mão, junto com os amigos. É uma parada tradicional nossa, um legado imaterial que temos nas comunidades”, afirma.

2019 Para o ano que vem, Renegado diz estar cheio de projetos n’A Rebeldia, projeto social que mantém no Alto Vera Cruz. Também lança “Suíte Masai”, CD e DVD que gravou com a Orquestra Ouro Preto. “Há também várias surpresas a caminho”, adianta.

Samba de Noel
av. Belém, esquina com av. dos Andradas. Dia 25 (terça), das 12h às 22h. 1 kg de alimento não perecível 

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