MÚSICA

No tom dos versos de Marisa

Silva retorna à Belo Horizonte com novidades no elogiado espetáculo em que recria as canções de Marisa Monte

Por Lara Alves (*)
Publicado em 21 de abril de 2018 | 03:00
 
 
 
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Há pouco mais de um ano, o capixaba Silva desembarcou pela primeira vez na capital mineira com o show “Silva Canta Marisa”. Fruto de uma paixão nascida em meados dos anos 2000, quando o cantor ainda menino travou seu primeiro contato com o trabalho de Marisa Monte através do álbum “Memórias, Crônicas e Declarações de Amor”, a apresentação está na estrada desde 2016 e durante estes dois anos foi lançado o CD e o DVD da turnê. Não apenas, homenageada e fã se reuniram para gravar a canção “Noturna (Nada de Novo na Noite)” – que, inclusive, integra o repertório do show. 

Neste sábado (21), Silva volta a Belo Horizonte para mais uma apresentação da turnê, no Cine Theatro Brasil. Se à primeira vista o show pode parecer o mesmo, Silva garante que mudanças foram incorporadas. “Durante esse tempo todo, eu fui acrescentando algumas coisas no show que não tinham no começo. Acho que isso é uma forma de deixá-lo com um frescor até pra gente que está no palco, para não ficar uma coisa sempre igual”.

Além das 12 canções que integram o CD e o DVD – entre elas as conhecidíssimas “Ainda Lembro”, “Beija Eu” e “Não Vá Embora” –, o artista revisita composições de Caetano Veloso, Novos Baianos e Gilberto Gil que foram eternizadas na voz de Marisa.

Para o show na capital, Silva propôs ainda uma nova roupagem para outras três interpretações presentes em repertórios memoráveis da cantora. Pinçou, ao lado do pesquisador Marcus Preto, as canções “Acontecimento”, de Hyldon, “Chuva no Brejo”, de Morais Moreira e “Sonhos” de Peninha.

Origem

Foi a convite do programa “Versões” – em que cada artista apresenta suas próprias interpretações de músicas que marcaram a carreira de seus ídolos – , exibido e gravado pelo Canal Bis, que o capixaba pensou, pela primeira vez, em homenagear Marisa Monte. A repercussão do trabalho foi enorme, Silva e Marisa tornaram-se amigos e desta amizade floresceu o projeto da turnê. “Escolhi Marisa para ir na contramão porque todo mundo acaba querendo ser meio retrô no programa. Ela é uma artista que quando eu tinha 12 anos tocava no rádio o tempo todo. Depois do programa de TV, a Marisa mandou um e-mail super elegante e, algumas semanas depois, liguei para ela, que me convidou para visitá-la. Nós dois ficamos o dia todo na casa dela. Nesse dia já escrevemos Noturno, bateu sabe? A gente se gostou de primeira”, conta. 

Depois de visitar inúmeras cidades espalhadas pelo Brasil, a turnê agora está em sua reta final e a avaliação de Silva não poderia ser mais positiva. “Bom, fazer essa turnê pra mim foi um presente, me fez crescer muito como músico, como cantor, é um repertório que não é muito fácil de fazer, isso contribuiu muito pro meu amadurecimento, tive contato com um público que me conheceu por meio desse trabalho. Tô muito feliz”, analisa.

(*)  sob supervisão de Marília Mendonça

 

Silva canta Marisa

Cine Theatro Brasil Vallourec (av. Amazonas, 315, centro, 3201-5211). Neste sábado (21), às 21h30. R$ 90 (inteira). 

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