Música

O Rappa de volta a todo vapor 

Redação O Tempo

Por Giselle Ferreira
Publicado em 22 de novembro de 2014 | 04:00
 
 
 
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O título do mais recente álbum d’O Rappa já diz tudo. “Nunca Tem Fim” (2013) revela que o hiato de dois anos que precedeu o lançamento não passou de férias e expressa a ideia de que o grupo já é “uma história, um ato político, uma nação”, como definiu Xandão. Ele, Marcelo Lobato, Lauro Farias e Falcão trazem o show ao Chevrolet Hall na próxima sexta (28). 

“Parece que foi ontem”, comenta o guitarrista da banda, sobre os recém completados 20 anos desde o debute homônimo. “É uma porção da gente. O Rappa nunca vai ter fim. O respeito e a liberdade que a gente conquistou nesses anos são legados muito importantes e não é o fato de ficar dois anos parados que tira isso de nós. A gente se orgulha dessa obra gigante e de qualidade. Gostem ou odeiem, nossa música é sucesso e a gente tem o nosso espaço”, diz.
 
Foram cinco anos sem que os fãs vissem uma inédita – desde “7 Vezes” (2008) a banda, que nunca tinha passado mais de dois anos sem lançamentos, não apresentava novidades. Xandão avalia que o respiro, no entanto, foi positivo, já que outros convívios, projetos e trabalhos adicionaram novos ingredientes à salada sonora da banda.
 
"Em vários aspectos essa parada foi importante. A gente estava trabalhando demais e precisávamos desse tempo. Voltamos com tudo: videoclipe em formato de curta-metragem, três outros clipes, quatro outras músicas tocando em rádio, indicação ao Grammy. Tudo isso veio coroar a maturidade que esses dois anos de férias nos deram”, ressalta, mencionando o prêmio latino da música, no qual concorreram pela categoria “melhor álbum de rock”</CW>.
 
Mais um
No embalo, o grupo já conversa sobre um novo trabalho para o início do ano que vem. “É muito material para regurgitar” e Xandão já adianta que o flerte com a música brasileira deve se delinear de forma cada vez mais íntima. 
 
“A vontade é de seguir fazen do coisas diferentes. Gravamos há pouco o Gonzagão (a banda incluiu em ‘7 Vezes” uma versão de ‘Súplica Cearense’, sucesso do Rei do Baião composto por Gordurinha e Netinho). Somos crias do manguebeat e entendo que precisamos continuar reverberando a cultura brasileira para seguir mudando o pensamento do Brasil sobre ele mesmo”, afirma o guitarrista, que rechaça o papel de formador de opinião. “Arte engajada não é arte. Nossa história não é panfletária e eu acho extremamente danoso quando o artista sobe em palanque. Artista tem é que fazer arte”.
 
O Rappa
Abertura da banda Pequena Morte
Chevrolet Hall (av. Nossa Senhora <EM><QA0>
do Carmo, 230, Savassi, 4003-5588). Sexta (28), às 22h. A partir de R$ 60 (pista, inteira, 1º lote).

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