No momento do anúncio da pausa do NX Zero, no programa “Altas Horas”, em junho deste ano, o vocalista da banda, Di Ferrero, fez questão de frisar: a amizade entre os integrantes – que inclusive é anterior à formação do grupo – não sofreu nenhum abalo. O projeto conjunto, no entanto, precisava de um respiro. E é por isso que o show que eles fazem aqui no próximo sábado (16) é o último, por tempo indeterminado.
“A gente já vem falando há mais de um ano sobre isso, pra todo mundo se programar. Temos em média 31 anos e a banda tem 16, é metade das nossas vidas. Vivemos coisas incríveis, muito sucesso, mas achamos que vai ser muito saudável dar essa pausa por um tempo, pra gente viver outras coisas em qualquer lugar, ou como qualquer um desejar. Foi tudo muito bem pensado e feito de forma saudável”, justifica Di Ferrero.
A apresentação aqui, realizada pela produtora Criar, vai ser especial não só porque será o última em algum tempo, mas também por conta da relação da banda com a cidade. “Temos muita história, ainda lembro do primeiro show que fizemos aí, entre outras bandas, para umas 200 pessoas. Naquela época conhecemos um monte de gente e desde então temos uma história muito louca com a cidade e as bandas daí. A galera do Jota (Quest) e do Skank, principalmente, são muito nossos parceiros”, conta o cantor e compositor, que ainda lembra que uma das primeiras experiências musicais registradas de sua vida tem a ver com Belo Horizonte. “É um VHS em que eu e meu irmão, quando eu tinha uns 10 anos, tocamos ‘O Samba Poconé’ (título do terceiro disco do Skank) inteiro”.
Uma curiosidade a respeito dos fãs belo-horizontinos: são os mais assíduos em shows da banda fora do Estado. “Temos muitos fã clubes em BH e a galera sempre comparece demais. Se não me engano, são os que mais viajam para nos ver. Sempre tem alguém de Belo Horizonte na plateia dos shows do NX, é impressionante”, comenta.
Setlist variado
O repertório dos shows da “Saideira Tour” tem variado conforme o local e o desejo de cada público. As canções do DVD “Norte Ao Vivo”, gravado já após o anúncio da pausa e lançado este mês, estão presentes, mas há espaço para muita variação.
“Nenhum show tem sido igual ao outro, temos tocado muita coisa antiga, a galera fica louca. Já estamos ligados em algumas músicas que o pessoal de BH está pedindo e vamos ensaiando. Mas às vezes nem ensaiamos, tocamos na hora, e quando é assim é mais especial ainda”, diz.
Embora seja uma despedida, Di garante que as apresentações não têm sido “para baixo”. Pelo contrário. “Tem sido tipo uma festa, as pessoas têm pensado: ‘Cara, eu vou nesse show porque não sei quando a banda vai voltar’. E a gente no palco também, a ideia é quebrar tudo, tocar e curtir demais, porque não sabemos quando volta. Os fãs e a banda estão nessa onda”, garante.
O vocalista explica que todos os integrantes da banda já estão com planos definidos do que querem fazer, mas optaram por não divulgar, antes do fim da turnê. “Está todo mundo encaminhado, com um planejamento do que vai fazer – mas combinamos de contar só daqui a pouco, depois do último show”, conclui, rindo. (
NX Zero – Saideira Tour
Music Hall (av. do Contorno, 3.239, Santa Efigênia). Dia 16 (sábado), às 21h. R$ 80 (camarote), R$ 70 (frontstage), R$ 40 (pista).
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