Trairi

Lendas e praias quase intocadas

Madonna teria coqueiros na região

Por Natasha Mazzacaro
Publicado em 20 de dezembro de 2014 | 04:00
 
 
 
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O município de Tairi, no litoral oeste do Ceará, é uma prova de que ainda há lugares praticamente intocados na costa brasileira. Todo o charme se concentra nas quatro praias da região. Para chegar lá, é recomendável alugar um carro ou contratar um transfer. Se for dirigir, opte pela CE–085, conhecida também como Estrutural ou Estrada do Sol Poente. A rodovia, ladeada por cajueiros, carnaúbas e coqueiros (uma das lendas diz que até Madonna explora a fruta ali), está sendo duplicada e tem 80% de sua extensão em bom estado.
Depois de 148 km, a partir do aeroporto de Fortaleza, é possível avistar (e perder o fôlego tal qual o Martim de Iracema) o litoral e as dunas brancas da cidade.
A impressão que se tem é que os estrangeiros desbravaram o lugar antes dos brasileiros, principalmente os kitesurfistas (com orientação boa do vento, há esportistas que ficam 20 dias seguidos, para se dedicar à prática). Com 3.000 mil moradores, a praia mais movimentada é a de Flecheiras. Acredita-se que o batismo homenageia as índias que esculpiam as pontas das flechas para os maridos. A oeste está a praia de Emboaca, vila de pescadores cercada de dunas brancas e jegues selvagens.
A próxima praia tem um dos passeios mais bonitos da região. Do píer do vilarejo de Mundaú, às 10h e às 16h, saem pequenos barcos que sobem o rio homônimo (aquele da Iracema). A embarcação passa pelo manguezal e para às margens do rio para um banho de água doce. O roteiro termina com um pôr do sol cinematográfico.
Talvez uma das melhores histórias das redondezas seja guardada pelo povo de Guajiru, aldeia composta por cerca de 800 pessoas, originárias de uma só família. Dizem que há muito tempo, um navio de uma portuguesa riquíssima encalhou na praia que banha o povoado. Devota de Nossa Senhora do Livramento, a mulher possuía na embarcação uma santa de ouro de sua protetora. Ao avistar aquelas terras abençoadas, ela teria dito aos quatro ventos: “Tudo isso, a partir de agora, é da santa”. E, até hoje, os moradores de Guajiru pedem a bênção da paróquia quando querem vender algum terreno.

Hospedagem

O Zorah Beach Hotel guarda uma história peculiar. Seu enredo começou há alguns anos, quando um empresário indiano do Estado de Punjab veio para o Brasil, para trabalhar com a indústria da castanha de caju.

O resort demorou três anos para ser concluído e, cheio de cores, começou a virar lenda entre os moradores do povoado. Um palácio de um príncipe indiano foi a teoria mais engraçada.

O Zorah, que funciona praticamente dentro da praia, abriu em setembro do ano passado. “Apreciar móveis e peças decorativas (100% delas trazidas em quatro contêineres da Índia e de Bali) é um prazer à parte”, garante o gerente argentino Alejandro Ureta.

Quem leva

Operadora. Interpool Viagens. Consulte seu agente
ou ligue (31) 3194-7050.

Pacote. Aéreo, traslados e sete noites de hospedagem no Zorah Beach Hotel, com café da manhã, e saídas em 03,12,19 e 25/01/2015, a partir de R$ 4.280 (mais taxas), por pessoa em apto duplo.

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