Embora o monitoramento por radares crie vazios de fiscalização que possibilitam aviões voarem em baixa altitude sem ser identificados, já existem tecnologias que solucionam esse problema, mas ainda estão longe de ser implantadas no Brasil.
Reinaldo Alves, professor de ciências aeronáuticas da Universidade Fumec, afirmou que é impensável que aviões que entram no Brasil sem ser percebidos consigam fazer o mesmo nos Estados Unidos. “Hoje, com certeza, o sistema brasileiro não é suficiente para fazer essa fiscalização de pequenos aviões. Estamos atrasados com relação ao que há de mais moderno no mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, já estão utilizando satélites para orientar o tráfego aéreo em detrimento dos radares. Eu já tive o meu momento romântico de acreditar que o avanço dos radares seria a solução para o tráfego aéreo. Mas, hoje, não tenho dúvidas de que o futuro desse setor é o satélite”, analisou.
Enquanto os satélites não são realidade no Brasil, apenas três radares fazem a fiscalização das aeronaves no Triângulo. Segundo a Aeronáutica, sempre que um avião estranho é identificado pelos radares, ele é abordado por caças e orientado a pousar.