O som das quedas no tatame, a disciplina no olhar e o brilho nos sorrisos de quem sonha mais alto. Assim, é o dia a dia do Projeto Social Falcão de Jiu-Jítsu, que há 1 ano e 4 meses vem mudando a realidade de crianças e adolescentes em Montes Claros.
Criado pela Kelly Alves, presidente, a ideia começou de forma simples, com treinos na praça do Bairro Santa Lúcia, ainda com poucos tatames e muita vontade. Hoje, com um espaço cedido pela Escola Estadual Doutor João Alves, já atende 65 crianças e adolescentes, de seis a 17 anos, número que ultrapassa a capacidade física do projeto, mas que só cresce, com uma fila de espera de novos alunos que sonham em vestir o quimono e entrar no tatame.
"Eram 40 crianças pelos tatames que temos. Estamos com uma demanda grande de 65 crianças e temos muitas à espera. Não podemos pegar mais, pois ultrapassamos um pouco por causa dos tatames. Temos aulas de segunda a sexta para poder atendê-las. Estamos com essas dificuldades. Temos crianças que são competidoras mesmo, atletas bons e que precisam de patrocínio e ajuda para poder crescer mais", conta Kelly.
[caption id="attachment_191362" align="alignnone" width="400"] Do tatame para a vida: crianças precisam de apoio para continuar sonhando. Foto: Divulgação[/caption]O nome da iniciativa não veio por acaso. O genro, apelidado de Falcão, inspirou a identidade do trabalho. O animal tem valores que Kelly e a equipe cultivam "Minhas filhas fazem parte do projeto. E, atráves delas, surgiu esse despertar de fundar esse projeto junto a elas e o meu genro. Ele [o genro] tem o apelido de Falcão e, analisando o sentido do que é, achei interessante colocar o nome. Ele representa força, foco e liberdade. É o que trabalho com cada um deles lá. Transformando a vida, a mente deles em sentindo deles entenderem que são capazes de mudar tudo que está em volta. O projeto em si é para transformar, olhar as coisas de uma maneira diferente e de vários ângulos. Esse é o intuito", explicou.
Como ajudar?O Falcão de Jiu-Jítsu é mais do que um esporte, é um refúgio seguro. Ali, cada golpe ensinado é também uma lição de respeito, superação e disciplina. Mas, para manter essa engrenagem funcionando, a luta é fora do tatame. Sem apoio financeiro fixo, Kelly busca patrocínios, realiza rifas e faz campanhas para custear inscrições em campeonatos e até a manutenção dos tatames.
Com mais apoio, seria possível atender mais crianças, oferecer estrutura adequada e dar condições para que atletas de destaque participem de competições regionais e nacionais, levando o nome da cidade e do projeto mais longe, como explica a presidente.
Empresas e pessoas físicas podem contribuir de diversas formas seja com patrocínio ou doação de materiais esportivos. Para contribuir, basta entra em contato pelo telefone 38 9 9952-8635 (Kelly) ou pela página do Instagram.