Ficar desempregado não é um receio para mais da metade dos mineiros. É o que indica uma pesquisa do Instituto DATATEMPO, que ouviu 3.142 pessoas, acima de 18 anos, de todas as regiões do estado, a respeito do mercado de trabalho. A pesquisa reforça o contexto de crescimento da economia de Minas Gerais que desde 2019 já gerou 800 mil novas vagas de trabalho e reduziu a taxa de desemprego a 6%, o que é considerado quase uma situação de pleno emprego.

Entre os entrevistados, 55,4% (1.740) disseram não estar com medo de ficar fora da atividade profissional. A pesquisa constatou, ainda, que 20,8% (653) têm pouco medo de perder o trabalho. A parcela de entrevistados que não souberam ou não responderam é de 0,7% (23).

O otimismo com a permanência no emprego é mais fortemente percebido nas regiões Noroeste e do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba. No Noroeste, sete em cada dez pessoas entrevistadas estão empregadas e não demonstram medo de perder o posto. Apenas 13% têm muito medo de perder o emprego. Entre os entrevistados no Triângulo e no Alto Paranaíba, 60% não têm receio ou preocupação.

Na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a percepção acompanha a média do estado. Entre as pessoas ouvidas pelo Instituto DATATEMPO, 55% não estão com medo e 20,2% estão com pouco medo.

Cenário

A pesquisa faz parte do Panorama do Emprego e Renda de Minas Gerais. Ao todo, 4.804 pessoas foram consultadas, em pesquisas domiciliares ou por telefone, entre os dias 23 de outubro e 23 de novembro. A pesquisa possui 95% de índice de confiança, com margem de erro de 1,41%.

Ficar desempregado não é um receio para mais da metade dos mineiros

A percepção de que o desemprego não é um risco para a maioria da população do estado vem em um momento de constante queda dos índices de desocupação em Minas Gerais, inversamente proporcional ao permanente crescimento de novas vagas de trabalho.

Emprego em Minas

A taxa de desocupação em Minas Gerais é de 6% da população acima dos 14 anos de idade, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, referente ao 3º trimestre de 2023.

O levantamento, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estabelece que o desemprego em Minas Gerais está abaixo da média nacional para o mesmo período (7%) e abaixo da média para os estados do Sudeste (7,5%).

Em outubro, Minas Gerais registrou a criação de 4.907 novos empregos formais e chegou ao nono mês consecutivo com saldo positivo nesse indicador, segundo o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Ficar desempregado não é um receio para mais da metade dos mineiros

Em 2023, já são 187.485 novos postos de trabalho com carteira assinada em Minas Gerais gerados até outubro, entre 2.222.403 admissões e 2.034.918 desligamentos. Os principais setores que contribuíram para o saldo positivo foram serviços (96.869), construção (32.097), indústria (30.575), comércio (14.987) e agropecuária (12.958).

Somente nos últimos cinco anos, foram criados quase 785 mil novos postos de trabalho com carteira assinada em Minas Gerais e a expectativa, segundo o Governo de Minas, é que esse número chegue à marca de 800 mil até fevereiro de 2024, com previsão de ultrapassar 1 milhão de empregos formais criados até 2025.

Minas Livre para Crescer

A pesquisa do instituto DATATEMPO também sondou os entrevistados sobre um dos programas com que o Governo de Minas conta para gerar mais oportunidades de emprego e renda no estado. O Minas Livre Para Crescer é promovido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede) para tornar o estado na unidade federativa mais livre para se empreender no Brasil, promovendo mais competitividade e condições favoráveis para investimentos.

Com apoio de empreendedores e entidades parceiras, o Minas Livre Para Crescer possui foco na desburocratização, buscando identificar normas e medidas obsoletas que podem ser modificadas para a melhoria do ambiente de negócios. O programa contribuiu para que 1.839 atos fossem revogados de 2019 até o momento.

Além disso, o programa auxilia municípios a se adequarem à Lei de Liberdade Econômica, instituída em âmbito federal e regulamentada em Minas. Minas Gerais já conta com 391 municípios que pactuam com os princípios da liberdade econômica e, com isso, avançam em uma nova etapa de desburocratização de negócios e ampliação de mercado. Isso corresponde a melhorias no ambiente de negócios que impactam mais de 10,6 milhões de mineiros.