Ciclo Saúde auxilia 15 municípios a melhorar a atenção básica

Uma vez por semana, Gabriela Dias vai ao Centro de Atenção à Saúde LGBTQIA+ para realizar tratamento hormonal e se consultar com psicólogos, em Pará de Minas, na região Centro-Oeste de Minas Gerais. “É muito bom contar com profissionais que nos atendem e nos acolhem dessa forma”, relata. A terapia especializada recebida por Gabriela é possível porque a secretaria de saúde do município implantou, no ano passado, o Centro de Atenção à Saúde LGBTQIA+, iniciativa apoiada pela Vale através do Programa Ciclo Saúde.

O Ciclo Saúde é uma tecnologia social desenvolvida pela Fundação Vale que, desde 2019, vem sendo utilizada também em comunidades impactadas pelo rompimento da barragem de Brumadinho e territórios evacuados. A ideia do programa é auxiliar as cidades a melhorar a saúde básica da população. “Segundo dados do Ministério da Saúde, é esperado que 85% das demandas de saúde da população sejam acolhidas pela atenção básica, sendo as Unidades Básicas de Saúde capazes de solucionar a maioria dos casos, sem a necessidade de um serviço de emergência ou pronto-socorro”, explicou Juliana Bahia, gestora do Ciclo Saúde na Reparação da Vale.

Atualmente, o programa está presente em 15 municípios. Para cada uma dessas cidades, foi construído, em conjunto com o poder público local, um plano de ação que contempla três frentes de atuação: equipagem, promoção e educação em saúde e apoio à gestão da atenção básica.

Sala de situação. Todos os municípios atendidos pelo Ciclo Saúde contam com apoio para aprimorar ou implementar uma sala de situação georreferenciada em saúde. Por meio dela, a Secretaria de Saúde consegue cruzar dados e saber como estão os principais indicadores por bairros ou regiões. É possível, por exemplo, saber onde há mais casos de dengue, ou Covid-19, e até se antecipar a algum surto. A Vale fornece o software e monta o espaço.

Comunidade de Macacos focada na educação

Um espaço pensado para unir ainda mais a comunidade à vida escolar das suas crianças e adolescentes. Esta foi a proposta que orientou a construção da nova sede da Escola Municipal Rubem Costa Lima, no distrito de São Sebastião das Águas Claras (Macacos), em Nova Lima. Agora, com o retorno das aulas presenciais, os estudantes começam a usufruir das melhorias do espaço.

“Os alunos estão maravilhados, é um ambiente muito maior do que a escola anterior e ainda traz uma proposta de educação diferenciada, que foca a criança como sendo protagonista do seu próprio desenvolvimento”, contou a diretora da escola, Vânia Baia. Assim que a pandemia acabar, a expectativa é que a escola seja aberta para toda a comunidade. 

“Queremos trazer oficinas para as famílias dentro da escola, cursos profissionalizantes e atividades para estreitar ainda mais esse laço”, disse. A construção da nova sede da escola é uma das ações que a Vale realiza no distrito desde 2019 como forma de compensar os impactos da evacuação da Zona de Autossalvamento (ZAS) da barragem B3/B4.

“Compramos materiais, além do treinamento de pessoas. Também estamos implantando a Casa de Saúde no bairro Capela Velha”, resumiu o gerente de territórios da Vale, Nildo Frasão.