Ao longo das décadas, diferentes soluções tecnológicas foram responsáveis por mudar o rumo da história. Ainda que nem sempre seja simples prever qual o próximo grande passo da TI, algumas tendências vêm consolidando sua importância para o futuro dos negócios e da sociedade.
Grande parte delas está ancorada no código aberto, modelo que surgiu há mais de 30 anos e permanece inovador, apoiado pela construção colaborativa de milhares de desenvolvedores ao redor do mundo. "Impulsionando a inovação, o open source consegue extrair o potencial das novas tecnologias trazendo impactos positivos de produtividade, agilidade e escalabilidade para a TI empresarial e para sociedade, possibilitando a criação de novos produtos e serviços", explica Paulo Bonucci, SVP & General Manager, Red Hat América Latina.
No último ano, a IA consolidou seu lugar de destaque, tornando-se base para o desenvolvimento de ferramentas de codificação, infraestrutura de observabilidade de sistemas e novas plataformas de serviços. "Nesse contexto, o open source permite acelerar a inovação dessas soluções, especialmente na nuvem híbrida, oferecendo liberdade de escolha às empresas", reforça Gilson Magalhães, presidente da Red Hat Brasil.
Para 2030, de acordo com pesquisa da PwC, a IA poderá contribuir com até US$ 15,7 trilhões para a economia global. Mas ainda que seu protagonismo siga firme, é difícil prever com exatidão que formas e aplicações de IA irão proporcionar um valor comercial atraente. "O principal desafio será entender e definir seus limites. Especialmente no âmbito empresarial, contar com plataformas robustas, testadas e certificadas de código aberto para o
desenvolvimento, treinamento e aplicação de modelos será fundamental para conseguir responder a essas questões", afirma Thiago Araki, diretor sênior de tecnologia, Red Hat América Latina.
Segundo o executivo, a companhia está trabalhando na oferta do Red Hat OpenShift AI, uma plataforma MLOps flexível e escalável com ferramentas para construir, implantar e gerenciar aplicativos habilitados para IA. "Desenvolvida com tecnologias de código aberto, ela fornece recursos confiáveis e operacionalmente consistentes para que as equipes experimentem, criem modelos de AI/ML e, consequentemente, entreguem aplicativos mais inteligentes e inovadores", afirma.
Impulsionada pelo avanço da IA, e cada vez mais necessária para gerenciar tarefas complexas e operativas, a automação já é uma tendência em ascensão: estudo da everis e da MIT Technology Review estima que sete a cada 10 (70%) empresas da América Latina estão investindo em automação de processos, e uma porcentagem ainda maior (80%) considera a tendência alavanca fundamental para o futuro dos negócios.
"A automação é uma classe de aplicação para a qual a IA traz capacidades sofisticadas, que ganham ainda mais benefícios com o open source. O Red Hat Ansible Lightspeed com IBM watsonx Code Assistant é um exemplo recente de um serviço de IA generativo projetado por e para automatizadores, operadores e desenvolvedores Ansible, focado em ajudar as empresas a melhorar sua eficiência e reduzir custos", destaca Gilson Magalhães.
Com o avanço dessas tecnologias - ainda não conhecidas em sua totalidade -, cresce também a preocupação com a segurança. Estudo realizado pela EY apontou que, somente na América Latina, 62% das empresas sofreram violação de dados durante o último ano. Com a geração infinita de informações,
esse é um tema prioritário em toda a indústria, abrangendo zero trust, cadeias de fornecimento de software, soberania digital e, sim, IA.
"À parte desses tópicos, o destaque nos próximos dez anos será o conceito de DevSecOps (desenvolvimento, segurança e operações) uma abordagem à cultura, automação e design de plataforma que integra a segurança como uma responsabilidade compartilhada durante todo o ciclo de vida da TI", explica German Soracco, VP de Vendas e Nuvem para a América Latina na Red Hat. Tecnologias nativas da nuvem, como containers e microsserviços, demandam segurança contínua e integrada em todas as fases do ciclo de vida das aplicações e da infraestrutura. Assim, DevSecOps significa incorporar segurança no desenvolvimento de aplicativos de ponta a ponta.
Entrando em seu quinto ano de operação comercial, o 5G é outra tendência que promete estar sob os holofotes durante a próxima década. Em 2023, foram mais de 537 milhões de conexões de quinta geração adicionadas, atingindo um total global de 1,6 bilhão. E os números para o futuro são ainda mais otimistas: 80% da população global será alcançada pela cobertura 5G até 2030, de acordo com o relatório The Top Trends in Tech, da McKinsey.
Segundo Paulo Souza, diretor de Vendas para Telecomunicações, Red Hat América Latina, as telecomunicações e a tecnologia vivem um momento histórico. “O avanço do 5G na região, desde aplicações até redes 5G privativas, vai trazer grandes impactos para as empresas e para a sociedade. Se somarmos a isso a IA com a análise massiva de dados, irá permitir não só melhorias de qualidade no serviço, mas também o desenvolvimento de novos produtos, serviços e funcionalidades de rede”, ressalta.