Candidato à Presidência em 2018 pelo PT, Fernando Haddad afirmou que não sabe se participará de uma corrida ao Planalto em 2002. Durante entrevista concedida a Marcelo Tas, no programa “Provocações”, da TV Cultura, o ex-prefeito de São Paulo afirmou que não se escalaria como candidato do partido em um eventual pleito.
“Não tenho projeto pessoal de ser presidente da República. Se me perguntarem sobre 2022, se serei o candidato do PT à Presidência, eu não sei. Eu não me escalo", afirmou Haddad.
A resposta foi oriunda de uma pergunta de Marcelo Tas sobre uma afirmação de Ciro Gomes, feita em uma edição anterior do programa, de que o petista foi 'humilhado" por Lula durante a corrida eleitoral de 2018, pois precisava ir semanalmente a Curitiba, onde o ex-presidente está preso, para receber direcionamentos. Sobre isso, Haddad afirmou que a acusação não procede e que teve de articular de outras formas durante a campanha.
"O Ciro trabalha com categorias que eu não trabalho. No primeiro turno, o candidato (da oposição) era ele. A partir do momento que fui para o segundo turno, nem se eu quisesse eu visitaria o Lula. Eu tinha que sinalizar que meu governo tinha que ampliar a pauta para vencer o Bolsonaro. Não tinha esse tempo”, defendeu-se Haddad, completando que preferia não entrar em polêmicas pois, “esse jogo de palavras não é bom para nenhum dos dois”.
Ao ser questionado sobre eventuais tropeços do PT à frente do país, Haddad preferiu não ser incisivo e disse que vê como erro somente a falta de reforma política, que poderia, segundo ele, ter sido feita pelo partido.
"O Lula tinha mais de 80% de aprovação. Por isso, vejo que deveríamos ter gastado o capital político para tentar uma reforma política no Brasil. Lula foi amigo de todo mundo”, concluiu.