O secretário de Governo da gestão Romeu Zema (Novo), Gustavo Valadares, disse nesta quarta-feira (13 de novembro) que as conversas sobre as eleições de 2026 são inevitáveis e acredita ser possível criar uma candidatura de consenso capaz de unir os nomes apresentados por partidos que fazem parte da parte, como o do vice-governador Mateus Simões (Novo) e do senador Cleitinho (Republicanos), que já circulam publicamente como pré-candidatos a governador na próxima eleição.
“2026 está aí já, está batendo a porta. Acabou uma eleição, as conversas começam a acontecer para a próxima. É super legítimo que todo mundo coloque o nome e eu tenho a esperança de que a gente tenha esse polo de centro e centro-direita caminhando juntos aqui no Estado. Isso foi algo que deu certo na reeleição do governador Romeu Zema; não à toa ele venceu a reeleição no primeiro turno”, destaca Valadares.
Nessa linha, o secretário de Governo avalia que o vice-governador Mateus Simões, nome que já recebeu o apoio público de Romeu Zema para substituí-lo na cadeira de governador, seria o nome favorito da administração estadual, neste momento. “ Eu torço para que seja o Mateus (vice-governador). Em política, dois anos contam muito. Muita coisa ainda vai acontecer. Mas meu sentimento pessoal é que Mateus é um baita nome”, avalia.
A fala foi feita pelo secretário de Governo durante entrevista no 7º Congresso Mineiro de Novos Gestores, realizado pela Associação Mineira de Municípios (AMM), entre os dias 12 e 13 de novembro, em Belo Horizonte.
Impactos no governo
Há algum tempo Mateus Simões tem sido tratado como candidato a governador e aumentado sua presença em agendas do governo estadual, mas coube ao próprio governador Romeu Zema fazer com que a “pré-candidatura” deixasse de ser uma possibilidade para se tornar algo real. “O meu nome é o meu vice-governador, Professor Mateus, e quero também estar atuando muito na campanha presidencial”, disse o governador durante entrevista em uma rede de televisão.
Questionado se essa antecipação da disputa eleitoral poderia provocar problemas para as articulações do governo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Gustavo Valadares negou. Para ele, são duas coisas diferentes que irão acontecer simultaneamente.
“A nossa gestão do Estado continuará sendo tocada com responsabilidade, com zelo. Minas vive um momento de recuperação das suas finanças. A gente está muito preocupado, olhando muito para a questão de Brasília, para tentarmos votar no Congresso Nacional o Propag, projeto do senador Rodrigo Pacheco que traz um novo caminho para essa relação da dívida dos estados, em especial de Minas com a União. A gente sabe que tem que tratar o nosso estado com muito zelo e assim será ao longo dos próximos dois anos, independente da questão eleitoral”, argumentou Gustavo Valadares.
Antes da colocação do nome de Simões, outros nomes que disputam votos na base eleitoral do governador Romeu Zema já tinham começado a circular. Destaque para o senador Cleitinho, que, em entrevista a O TEMPO após evento eleitoral com a presença de Bolsonaro na capital mineira, em outubro, confirmou sua disposição de concorrer ao governo mineiro. “Se o Nikolas quiser ser candidato a governador, eu apoio ele. Não tem problema nenhum. Agora, quem vai decidir o que vai ser é o povo. Se o povo quiser, também, eu estou à disposição", disse.