INTERNACIONAL

BH recebe reunião do G20 para debater sustentabilidade energética

Ministro Alexandre Silveira irá conduzir os trabalhos do grupo que reúne as maiores economias do mundo

Por O TEMPO
Publicado em 24 de maio de 2024 | 14:42
 
 
 

O ministro Alexandre Silveira será o anfitrião, em Belo Horizonte, da reunião do grupo de trabalho do G20, que reúne as maiores economias do mundo, que estará na capital mineira na próxima semana para debater as melhores políticas de sustentabilidade energética, no Brasil e no mundo. Entre os dias 27 e 29 de maio, a capital mineira será sede da terceira reunião do “Grupo de Trabalho (GT) de Transições Energéticas” do G20, que é coordenado pelo Ministério de Minas e Energia (MME). 

O Brasil assumiu a presidência do Grupo em novembro do ano passado e o ministro de Minas e Energia, que é mineiro, trouxe o evento para Belo Horizonte. Alexandre Silveira destacou que Minas Gerais tem se destacado como uma região estratégica nesse setor e com muito potencial de produção energética.

“O sol, que tanto castigou o nosso Norte e Jequitinhonha de Minas Gerais, se tornou um terreno fértil para a geração de energia solar, sendo um importante indutor de desenvolvimento social e econômico de uma região tão carente em nosso Estado. Temos trabalhado para aproveitar todo este potencial, desenvolvendo políticas públicas que incentivem a geração de energia limpa e renovável. Até 2030, Minas Gerais vai receber R$ 12,5 bilhões em investimentos na construção de linhas de transmissão para escoar toda essa energia gerada em nossa terra”, ressaltou Silveira. 

Ao longo do mandato brasileiro, serão realizadas mais de 100 reuniões de Grupos de Trabalho nas mais diversas áreas. As três prioridades apresentadas pelo presidente Lula como fundamentais no G20 são: combate à fome, pobreza e desigualdade; as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental); e reforma da governança internacional.

“O Brasil, como presidente do G20, estabeleceu como prioridade a inclusão social e o combate à fome e à pobreza. E a energia está diretamente ligada ao desenvolvimento, tanto social quanto econômico. Vamos receber em Belo Horizonte os representantes das maiores economias do mundo para debater sobre a transição energética, tema cada vez mais em evidência com a mudança climática que estamos vivendo”, explicou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que preside o GT de Transições Energéticas. 

Silveira afirmou que o Grupo tem como objetivo discutir os desafios globais, compartilhar informações e promover uma ação política coordenada para acelerar e ampliar os benefícios da transição energética para todo o mundo.

“Quando falamos de transição energética, estamos destacando a mudança de uma fonte de energia para outra mais sustentável, por meio de fontes renováveis. Ou seja, uma matriz que reduza a emissão de gases de efeito estufa. O Brasil possui 11% da água doce do planeta. Nossa matriz elétrica é 88% limpa e renovável, por meio da geração de energia das fontes hidráulica, solar, eólica e biomassa. Também somos exemplo no mundo no uso de biocombustíveis, como o etanol. Portanto, o Brasil tem autoridade e é exemplo para tratar deste tema”, destacou Alexandre Silveira. 

Estratégico

Minas Gerais produz, ao todo, 42 substâncias minerais. O Estado é o maior produtor de minério de ferro, ligas de nióbio, minério de lítio, minério de alumínio e grafita. Muitos destes minerais são utilizados na fabricação de baterias para carros elétricos, linhas de transmissão, painéis solares, turbinas eólicas, por exemplo. 

O ministro destaca, por exemplo, o grande potencial do lítio do Jequitinhonha, que tem ajudado a transformar a região com a geração de empregos e o desenvolvimento econômico e social.

“Nosso Estado também tem se destacado na qualidade e quantidade de minerais estratégicos para a transição energética. Estamos trabalhando para desenvolver uma mineração para energia limpa, que seja feita cada vez mais de forma segura, sustentável e ambientalmente responsável. Vamos desenvolver a indústria de transformação mineral e fortalecer o conhecimento geológico e a pesquisa mineral. Temos uma grande oportunidade para atrair investimentos no setor mineral brasileiro e destacar o nosso papel de liderança global para um mundo mais verde”, disse o ministro. 

Além disso o Estado também tem destaque na produção de combustíveis menos poluentes 
Minas Gerais também se destaca na produção de matéria prima para a produção de combustíveis menos poluentes, como o etanol, principalmente no Triângulo Mineiro. A mobilidade sustentável de baixo carbono também é foco do trabalho do Ministério de Minas e Energia. 

“Uma das medidas que estamos estudando é aumento gradual da adição de etanol na mistura da gasolina C, podendo passar dos atuais 27% para até 35%, por meio do Combustível do Futuro. Além de fomentar os combustíveis de nova geração, o projeto vai integrar ainda mais o agronegócio e o setor energético e, para além disso, tornar a legislação brasileira uma das mais avançadas do planeta. O futuro da mobilidade sustentável de baixo carbono passa pela valorização dos biocombustíveis e pelas políticas públicas que fortaleçam o patrimônio tecnológico do Brasil para produção e uso de bioenergia. E é nisso que estamos trabalhando”, finalizou o ministro. 

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