DATATEMPO: prefeito Arnaldo Chaves é favorito à reeleição em Igarapé

A eleição municipal de Igarapé, na região metropolitana de Belo Horizonte, tem o atual prefeito, Arnaldo Chaves (PP), como favorito. De acordo com a primeira rodada da pesquisa DATATEMPO na cidade, ele soma 59,4% das intenções de votos, seguido pelo ex-prefeito Kalu (Avante), com 22,6%, no cenário estimulado, quando os nomes dos postulantes são apresentados aos entrevistados. Brancos e nulos somam 9%, enquanto aqueles que não sabem ou não responderam totalizam também 9%. 

Quando são considerados só os votos válidos no cenário estimulado – excluídos brancos e nulos –, Chaves tem 72,4%, e Kalu, 27,6%.

Já no levantamento espontâneo, no qual o cidadão é perguntado em quem votaria, sem a apresentação de uma lista, a maior parte diz não saber ou prefere não responder (45,8%). Depois, aparecem Arnaldo Chaves (37%); brancos e nulos (9,4%); Kalu (7,6%); e Rafael.

“Arnaldo Chaves tem uma forte aprovação e é bem avaliado pelos eleitores de Igarapé, o que se reflete no cenário eleitoral de 2024, no qual lidera com uma margem confortável tanto na pesquisa de intenções de voto espontânea quanto na estimulada. Além disso, Arnaldo se destaca por ter uma alta possibilidade de receber votos e enfrentar uma baixa rejeição. Essa combinação de fatores o coloca em uma posição vantajosa na disputa eleitoral e na corrida para conquistar o grupo de eleitores ainda indecisos”, explica Bruna Assis, analista do DATATEMPO.

Carreira

Arnaldo Chaves está em seu terceiro cargo público. Aos 58 anos e natural de Itatiaiuçu, também na região metropolitana de BH, ele governou Igarapé entre 1993 e 1996 e foi vice-prefeito da cidade entre 2005 e 2008, quando seu tio Antônio Chaves ocupou a cadeira principal do Executivo. 

Pai de três filhos e casado há mais de três décadas, Chaves afirma, nas redes sociais, que está “trabalhando para levar a cidade ao rumo certo”. Recentemente, esteve com o vice-governador, Mateus Simões (Novo), na cerimônia que oficializou o recebimento de recursos do acordo de Brumadinho para obras de canalização e urbanização do córrego Fundo, que passa pela cidade.

Em fevereiro, Chaves esteve no Café com Política, da FM O TEMPO 91,7. Na entrevista, ele pontuou como uma das necessidades da cidade respostas da concessionária Arteris, que administra a BR–381, sobre obras na entrada da cidade. “Nós nos propusemos a fazer as alterações necessárias. Nós mesmos, mediante a aprovação deles, com recurso da prefeitura, para dar essa solução, porque às vezes a gente espera anos, e eles não conseguem encaixar no orçamento deles. A gente tem contato com a diretoria, mas a solução não tem vindo no tempo adequado. Reforçamos esse pedido para que eles possam estar mais próximos”, disse o prefeito na ocasião. 

Na via oposta, aos 60 anos, José Carlos Gomes Dutra, o Kalu, governou Igarapé por dois mandatos, entre 2009 e 2016. Natural de Guiricema, na Zona da Mata, ele ganhou reconhecimento como empresário do ramo de supermercados com a fundação da Rede Kalu. A empresa encerrou suas atividades em 2022, quando vendeu suas lojas para o grupo SuperLuna. 

Nas redes sociais, o ex-prefeito já se coloca como pré-candidato e se diz “apaixonado por Igarapé”. Uma das propostas dele é a extensão do horário de funcionamento dos centros de saúde até as 21h. Em fevereiro, esteve na Cidade Administrativa, onde se reuniu com o secretário de Estado de Governo, Gustavo Valadares. Oficialmente, a agenda teve o objetivo de discutir medidas para mitigar os casos de dengue.

Definitivo?

O instituto DATATEMPO mediu o quão decidido está o eleitor para definir o voto para prefeito de Igarapé. Nesse contexto, 45,6% afirmam que é uma decisão já certa, portanto não será alterada. Outros 17,8% dizem ser uma decisão firme, mas que pode ser mudada durante a campanha; enquanto 14,6% garantem que a opinião atual é uma preferência inicial. Além disso, 21,2% dos eleitores dizem que não decidiram seus votos, ao passo que 0,8% não sabe ou não respondeu. 

Aprovação da atual gestão é de 77,2%

O favoritismo do prefeito Arnaldo Chaves em Igarapé pode ser puxado por sua avaliação positiva. Para 61,6% dos entrevistado, ele faz uma gestão boa ou muito boa, enquanto 26,4% a julgam regular. Só 7% afirmam ser ruim ou muito ruim, ao mesmo tempo que 5% não sabem ou não responderam. A aprovação do prefeito chega a 77,2%; e a desaprovação está em 14,4% – 8,4% não sabem ou não responderam. 

A área da infraestrutura é apontada pelo eleitor como principal fator para aprovar Arnaldo Chaves: 44,2% pensam dessa maneira. Depois, aparecem a educação (12,3%) e a administração (10,7%). 

Entre aqueles que desaprovam o prefeito, o segmento que mais se destaca também é o da infraestrutura, com 21,6%. A saúde é outra queixa comum, já que 19,3% dos entrevistados que reprovam a gestão justificam suas posições com essa área do poder público. O percentual é o mesmo daqueles que apontam para a administração de Arnaldo Chaves.

Kalu é nome com a maior rejeição

A maioria dos eleitores não rejeita nenhum dos pré-candidatos. É o caso de 39,4% dos entrevistados. Outros 36,6% não votariam em Kalu, enquanto 13% descartam Arnaldo Chaves – 6% não sabem ou não responderam, e 5% rejeitam todos.

Assim como acontece nas outras cidades da região metropolitana nas quais o DATATEMPO avaliou o cenário eleitoral – BH, Contagem e Nova Lima –, a saúde é vista como o maior problema de Igarapé, citada por 38,8% dos entrevistados. Depois, vêm transporte e trânsito (20,8%) e “outros fatores” (12%), como saneamento básico, pavimentação das ruas e crescimento desordenado. 

Outras 4,4% das pessoas citam a geração de empregos; 3,4%, a segurança pública; 3%, a educação; 2,6%, a falta de obras; 1,4%, os serviços administrativos da prefeitura; 1%, esporte, cultura e entretenimento; e 0,4%, a assistência social. O levantamento ainda tem 6,2% de pessoas que não citam problema algum, enquanto 6% não sabem ou não responderam.

Registro

A pesquisa foi contratada pela Sempre Editora e está registrada no TRE (MG-09441/2024). Foram 500 entrevistas domiciliares, entre 26 e 28 de abril, nas cinco regionais administrativas. A margem de erro é de 4,36 pontos percentuais para mais ou para menos. O intervalo de confiança é de 95%.