JEEP COMPASS

Prefeito mineiro é enquadrado pelo MPMG após usar carro oficial de luxo para fins pessoais

Além de o veículo de luxo ter sido comprado com verbas vinculadas à manutenção e desenvolvimento do ensino na cidade, ele estava sendo usado fora do horário de serviço


Publicado em 08 de maio de 2024 | 18:28
 
 
 
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O prefeito de Medina, no Vale do Jequitinhonha, Evaldo Lúcio Peixoto Sena (Republicanos), conhecido como Vavá, foi orientado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) a não usar mais um Jeep Compass Longitude, avaliado em R$ 222.260. Além de o veículo de luxo ter sido comprado com verbas vinculadas à manutenção e desenvolvimento do ensino na cidade, ele estava sendo usado fora do horário de serviço, inclusive, em ao menos uma ocasião, em um bar. Segundo o órgão orientou, o carro deve ser usado, exclusivamente, em ações ligadas à Secretaria Municipal de Educação.

A recomendação foi expedida, segundo o promotor de Justiça Uilian Carlos Barbosa de Carvalho, após ser apurado “por meio de diligências, fotos, vídeos e testemunhas, que os relatos feitos por vereadores de Medina se mostravam verdadeiros, uma vez que foi constatada a utilização dos veículos fora de horário de expediente”. “Em algumas ocasiões, por exemplo, o Jeep Compass foi flagrado sendo usado pelo prefeito em um fim de semana em um bar da cidade”, informa o MPMG.

O chefe do Poder Executivo foi orientado a adotar medidas imediatas para que os veículos pertencentes ao patrimônio público da cidade não sejam usados fora do horário de expediente e nos finais de semana. Tanto o carro de luxo, quanto outros automóveis do município devem ficar guardados na prefeitura ou nas secretarias municipais a que estiverem ligados quando não estiverem sendo usados para fins públicos.

“Os veículos do município somente podem ser usados por órgãos e entidades da administração direta e indireta do município para a exclusiva consecução de suas finalidades, pois o uso deles para fins particulares e fora do horário de expediente, caracteriza a prática de comportamento ilícito, atentando contra os pilares norteadores da administração pública”, afirmou o promotor de Justiça.

A prefeitura de Medina foi procurada por telefone na noite desta quarta-feira (8/5), mas não respondeu até o fechamento. 

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