O procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Paulo de Tarso, afirmou que o Ministério Público (MP) do Estado tem respeitado as regras de austeridade fiscal e nunca ultrapassou os limites legais relacionados aos gastos públicos. O chefe do órgão ainda ponderou sobre os salários dos promotores e procuradores, defendendo que o Estado precisa oferecer salários altos para conseguir atrair profissionais capacitados. A fala foi feita e entrevista ao programa Café com Política, da rádio FM O TEMPO 91,7.
“Nosso pagamento de pessoal é definido na Lei de Responsabilidade Fiscal, e a autonomia financeira do MP diz respeito a manejar os recursos que recebe. Quem está dentro do Ministério Público sabe a grandeza das coisas com as quais lidamos. Ao longo da história, vocês não ouvem falar de corrupção no MP. Para termos um profissional qualificado para lidar com temas tão importantes, ele não pode ser mal remunerado”, defendeu.
Questionado sobre como pretende lidar com a austeridade do órgão, Paulo de Tarso argumentou ainda que, embora o tema do teto de gastos gere constante debate, o Ministério Público representaria uma parcela pequena do orçamento total do estado. “O MP é uma parcela muito pequena do que o Estado arrecada e gasta. Somos uma instituição que, do ponto de vista macroeconômico, é pequena perto dos gastos do Estado”, afirmou.
Ele também relembrou a importância de manter a remuneração dos profissionais da instituição em níveis adequados para atrair e reter profissionais qualificados. “Será que a sociedade quer um MP vulnerável? Que, na hora de discutir temas importantes, coloque pessoas que possam ser influenciadas? Primeiro, porque você não encontra pessoas qualificadas com baixa remuneração”, questionou.