A Câmara de Belo Horizonte definiu as integrantes da Comissão de Mulheres, último grupo que ainda aguardava uma composição por conta das indicações da bancada feminina. As vereadoras Michelly Siqueira (PRD), Flávia Borja (DC), Juhlia Santos (Psol), Loíde Gonçalves (MDB) e Luiza Dulci (PT) serão as integrantes efetivas, enquanto as parlamentares Fernanda Altoé (Novo), Iza Lourença (Psol), Janaina Cardoso (União), Marilda Portela (PL) e Marcela Trópia (Novo) serão suplentes. A nomeação das vereadoras foi publicada nesta sexta-feira (7 de fevereiro) pelo presidente da Câmara Municipal, Juliano Lopes (Podemos), no Diário Oficial do Município.

A maioria das comissões da Casa Legislativa foi definida nos últimos dias, com escolha das funções de seus integrantes no início desta semana. Como informado por O TEMPO, aliados de Lopes formam maioria em seis das oito comissões permanentes da Casa, incluindo a de Legislação e Justiça, conhecida como "super-comissão", a única com autonomia para barrar a tramitação de um projeto, caso aprove parecer contrário ao texto.

No caso da Comissão de Mulheres, as parlamentares devem se reunir na próxima semana para decidir quem assumirá a presidência, entre as demais funções.

Informações de bastidores dão conta de que Loíde Gonçalves deve ficar no cargo por conta de um acordo firmado entre a bancada feminina, contemplando, inclusive, a esquerda, representada pelas vereadoras do PT e do Psol, que terá dois assentos na Comissão de Mulheres, além de um na suplência.

A ideia é ter parlamentares “moderadas” à frente dos cargos da Câmara. Além da Comissão de Mulheres, que deve ser presidida pela emedebista, a procuradora-geral da Mulher será Fernanda Altoé (Novo), com a professora Marli (Progressistas) e a Cida Falabella (Psol) como adjuntas, enquanto Janaina Cardoso (União) lidera a bancada feminina, tendo Marcela Trópia (Novo) como vice.

Questionada sobre as articulações em torno da escolha do nome para a presidência, a vereadora Loíde Gonçalves reforçou que o cargo é escolhido por meio de votação. "Se for eu a escolhida, será uma honra, mais uma vez, estar à frente da defesa dos interesses e dos direitos das mulheres."

Ela lembra que a instauração da Procuradoria da Mulher na Câmara Municipal, no ano passado, foi uma de suas pautas, por exemplo, "para exercer este papel primordial na luta pelo combate à violência e a desigualdade de gênero".