Minientrevista

‘A ineficiência na fiscalização impede a legalização do jogo’

André Ubaldino Chefe da Promotoria de Combate ao Crime Organizado

Por angélica diniz
Publicado em 05 de outubro de 2015 | 03:00
 
 
 
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O senhor é contra ou a favor da legalização dos jogos no Brasil?

Sou totalmente contra esse projeto que muitos defendem apenas pensando na arrecadação.

O senhor acredita que a liberação dos jogos acabaria com a contravenção no país?

Não acho que acabaria com o jogo ilegal. O governo federal não tem expertise para administrar os jogos de azar no país. O governo não tem eficiência para fiscalizar as empresas de cassinos, os bingos e outros jogos que surgiriam com esse aval.

Como o senhor acha que deveria ser o processo em relação aos jogos?

Acredito que o correto é o poder público capacitar-se para explorar com eficiência e profissionalismo essa importante fonte de custeio, em vez de entregá-la à exploração de particulares, ou permitir que particulares concorram com as loterias estatais, ao mesmo tempo em que enfiam a mão no bolso das vítimas de sempre, trabalhador e empresários, para tapar os rombos do sistema.

Há suspeitas de que a polícia é conivente com a exploração de jogos de azar. A promotoria tem conhecimento disso? Como atua?

Não tenho conhecimento. A polícia, enquanto instituição, atua para combater o jogo ilegal. Isso deve ser caso isolado de um ou outro agente da corporação. 

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