Em entrevista ao Café com Política, na Rádio Super 91,7, o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Agostinho Patrus (PV), disse que a inexperiência do partido Novo à frente do governo do Estado pode ser responsável pela crise desencadeada pelo escândalo dos fura-filas da vacinação contra a Covid-19.
"Nós estamos vivendo, infelizmente, esses problemas, que é pegar uma pessoa de fora e de longe de tudo e colocar para administrar. E aí a pessoa não tem conhecimento da máquina, não tem conhecimento da sua responsabilidade, não tem conhecimento dos problemas que o seu erro como gestor público causam na saúde e provoca todo esse problema a Minas Gerais. É motivado pela inexperiência de um partido que, infelizmente, negou tudo que foi feito para trás, procura fazer diferente, mas não consegue dar conta porque traz gente que não tem preparo para estar à frente das posições públicas que ocupam".
E ele disse ainda que acredita que, não fosse a inexperiência do governo do Novo no Estado, essa situação poderia ter sido evitada. "A gente fica triste porque isso tudo podia ter sido evitado. Infelizmente, é uma equipe que tem pessoas pouco experientes na gestão pública. É um secretário que nunca tinha ocupado um cargo de maior destaque na gestão pública, que não tem conhecimento sobre gestão pública e, por isso, acontece", disse.
Agostinho falou sobre o tema ao ser questionado sobre a posição do governador Romeu Zema em relação ao caso, que teria sido criticada em razão da demora em demitir o ex-secretário da Saúde, Carlos Eduardo Amaral. Porém, não endossou as críticas e disse que Zema agiu corretamente, mas que talvez, em um primeiro momento, tenha acreditado em Amaral.
"Eu acho que o governador fez o correto: chamou o secretário para pedir explicações. O que eu entendo e eu vi, no dia anterior na Assembleia, é que ele era tão enfático em dizer que estava correto e não fez nada de errado que o governador chegou a acreditar naquela conversa e na hora que viu que aquilo tudo não parava de pé e que os números eram ainda maiores tomou a medida certa, que foi exonerar o secretário e o secretário adjunto", afirmou.