Desdobramento

Além de Aécio e Paulinho, operação tem mais investigados; veja quem

Antônio Anastasia (PSBD), Agripino Maia (DEM), Benito da Gama (PTB) e Cristiane Brasil (PTB) também estão entre os investigados

Por Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de dezembro de 2018 | 08:20
 
 
 
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A residência do deputado federal Paulinho da Força (SD-SP) também é alvo de mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (11) pela Polícia Federal, conforme informa a Globonews. Ações similares são feitas nas casas do ex-senador Aécio Neves (PSDB-MG) e da irmã dele Andrea Neves no Rio de Janeiro.

Além deles, a operação também investiga os senadores Antonio Anastasia (PSDB) e Agripino Maia (DEM-RN) e os deputados Benito da Gama (PTB-DF) e Cristiane Brasil (PTB-RJ). Apesar de serem alvos da investigação, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello não autorizou buscas nas residências dos parlamentares.

A operação é um desdobramento das delações de Joesley Batista e Ricardo Saud, da JBS. Há a suspeita de compra de apoio de partidos por Aécio. Somente o Solidariedade, de Paulinho da Força, teria recebido R$ 15 milhões, em um esquema de caixa dois que envolve empresários.

Aproximadamente 200 policiais federais dão cumprimento a 24 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, e realizam 48 intimações para oitivas. As medidas estão sendo cumpridas em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Amapá e no Distrito Federal.

Respostas

A defesa do senador Aécio Neves ressaltou que as delações de executivos da JBS tentam "transformar as doações feitas a campanhas do PSDB, e devidamente registradas na Justiça Eleitoral, em algo ilícito" e que o senador está à disposição das autoridades para esclarecimentos. 

O senador Aécio Neves sempre esteve à disposição para prestar esclarecimentos e apresentar todos os documentos que se fizessem necessários às investigações, bastando para isso o contato com seus advogados.

O inquérito policial baseia-se nas delações de executivos da JBS que tentam transformar as doações feitas a campanhas do PSDB, e devidamente registradas na Justiça Eleitoral, em algo ilícito para, convenientemente, tentar manter os generosos benefícios de seus acordos de colaboração. A correta e isenta investigação vai apontar a verdade é a legalidade das doações feitas.

A assessoria de imprensa do senador Antonio Anastasia emitiu uma nota informando que desconhece os motivos pelos quais Anastasia está sendo investigado e reiterou que o Senador nunca teve ligação com atos ilícitos. 

"O senador Antonio Anastasia desconhece totalmente o motivo pelo qual teve seu nome envolvido nessa história. Em toda sua trajetória, ele nunca tratou de qualquer assunto ilícito com ninguém."

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