Em campanha no Norte de Minas, neste sábado (27), o candidato ao governo do Estado, Alexandre Kalil (PSD), voltou a criticar o seu adversário na corrida eleitoral, o governador Romeu Zema (Novo), que tenta a reeleição. “A agricultura familiar alimenta 70% do nosso país e estão acabando com ela. Tiraram o programa de sementes no Norte de Minas, estão liquidando gente”, criticou.
Ele participou, no início da tarde, da tradicional Cavalgada do Garapão, no distrito de Campo Redondo, município de Varzelândia, quando questionou a falta de políticas públicas e investimentos na agricultura familiar por parte do governo de Zema.
Kalil também criticou a extinção da Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Sedinor) pela atual gestão, além de questionar o péssimo estado das estradas vicinais de Minas, ressaltando o ‘abandono’ que a região Norte tem sofrido.
Em relação às políticas públicas voltadas para os agricultores familiares, Kalil voltou a dizer que fará o mesmo que fez quando foi prefeito de Belo Horizonte. Ele disse que, enquanto a capital estava ‘confinada’ por causa da pandemia da Covid-19, a prefeitura apoiou a criação de 42 hortas comunitárias. O candidato afirmou que não vai fazer ‘demagogia’ e pretende voltar com todos os projetos que foram extintos pela atual gestão.
“Eles não querem ajudar quem está passando fome. Falaram que não podem ajudar porque o bom é dar trabalho. E quem trabalha, eles não ajudam também, prejudicam. Se o governo não dá cesta básica e não ajuda a agricultura familiar, eu queria saber o que ele está fazendo”, questionou Kalil.
Seguindo a estratégia de ‘colar’ sua imagem a do ex-presidente Luísa Inácio Lula da Silva (PT), que disputa a presidência da República, Kalil prometeu que, com a volta de Lula, ‘vai voltar a cisterna, vai acabar a luz de candeeiro’. “Esse povo que planta, é o que põe a comida na nossa mesa, não é o agronegócio não, porque nós não comemos só soja, milho e arroz”, emendou.
Outro ponto abordado pelo ex-prefeito da capital foi a ausência do governador na região. “Tem que vir, ver, participar, sentir o povo. E isso não é novidade para mim não. Fiz isso na minha cidade, eu frequentei a cidade. Eu não era visitante, eu era de casa. Eu não vou ser visita aqui não, eu vou ser um frequentador”, alfinetou Alexandre Kalil.
Depois de Varzelândia, o candidato seguiu para o município de Mirabela, onde cumpre mais uma agenda de campanha no final deste sábado. Estão previstos encontro com lideranças e participação na Festa de Agosto.