Eleições

Aliança com Kalil é plano prioritário do PDT para palanque de Ciro Gomes em MG

Um encontro entre os dois políticos está marcado para esta sexta-feira (11), em Belo Horizonte

Por Franco Malheiro
Publicado em 09 de fevereiro de 2022 | 15:52
 
 
 
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Em busca de um palanque em Minas Gerais para o presidenciável do PDT, Ciro Gomes, a construção de uma aliança com o prefeito Alexandre Kalil (PSD), possível candidato ao Palácio Tiradentes, é encarada por pedetistas como plano prioritário, apesar da existência de outras possibilidades.

Na busca por essa aproximação, Ciro Gomes se reunirá, nesta sexta-feira (11), na sede da Prefeitura de Belo Horizonte, com Kalil. A reunião, conforme explicou o presidente estadual do PDT, deputado federal Mário Heringer, “trata-se de uma visita de cortesia e a expectativa é de pelo menos uma atualização de posições que interesse a todos, tanto ao prefeito Kalil quanto ao nosso candidato Ciro Gomes.”

“É uma visita de relações pessoais e partidárias. O PDT busca um bom espaço, uma boa chapa, um bom palanque para o Ciro Gomes poder ocupar nas eleições de outubro”, afirmou o dirigente partidário.   

Heringer explica que o partido encara essa possibilidade de aliança com preferência, porque os dois políticos já possuem boa relação e o PDT em Minas possui já vínculo firmado com o prefeito. 

“O que a gente chama de preferencial é porque a gente já tem um vínculo que persiste e poderá persistir. Não tenha dúvida nenhuma que é um plano preferencial até pelos vínculos anteriores”, pontuou o pedetista lembrando das alianças firmadas entre Ciro e Kalil nas eleições de 2018 e 2020. O PDT, inclusive, faz parte da base de apoio ao prefeito na Câmara Municipal.

Apesar das pretensões, Mário Heringer garante que o PDT não busca atravessar o nome do presidente do Senado Rodrigo Pacheco, que é apontado pelo PSD como pré-candidato da legenda à presidência da República. 

“É importante lembrar que palanques podem ser feitos de forma divididas e com o Rodrigo Pacheco a gente não teria problema nenhum de fazer um palanque compartilhado, com nosso candidato ao Senado”, afirmou

O exemplo do Rio de Janeiro  

O PDT tenta reproduzir em Minas Gerais a dobradinha feita no Rio de Janeiro. No estado fluminense, PDT e PSD costuraram acordo para estarem juntos na disputa pelo governo.

“A aproximação entre os partidos em Minas Gerais e em outros estados do Brasil pode perfeitamente seguir o exemplo do Rio, abrindo a perspectiva de a gente estar junto em Minas também”, ressaltou 

No caso do Rio de Janeiro, o prefeito da capital, Eduardo Paes, do PSD, e o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, costuraram a aliança. A chapa deve ser formada pelo ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, pelo lado do PSD com o ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, que é o nome defendido pelo PDT. 

Segundo Mário Heringer, naturalmente, o partido deverá oferecer candidato a vice-governador em Minas e ao Senado, mas garante que isso não é uma condicionante.

O deputado e a vereadora Duda Salabert, são dois dos nomes cogitados pelo PDT para disputar o Senado. A vereadora deve participar, inclusive, da reunião com o prefeito nesta sexta-feira. 

Outros cenários

Apesar do tom preferencial dado à essa aliança com Kalil, o PDT não descarta a possibilidade de outros cenários. Inclusive, de uma candidatura própria do partido ao governo de Minas.

“Preferencialmente não quer dizer definição. Inclusive nós podemos ter candidatura própria. Tem também o nome de outras pessoas, como é o caso do prefeito de Betim, Vittorio Medioli, que aparentemente se coloca como pré-candidato através do pedido de vários partidos, inclusive tive uma reunião com ele na semana passada para conversar. Claro que nada definido, mas sempre sondando. Temos uma preferência devido ao vínculo que já temos com o Kalil, mas temos sim outras opções”, disse Mário Heringer. 

Para o dirigente, dentro do partido, o cenário que, provavelmente, inviabilizaria uma aliança entre Ciro e Kalil seria o prefeito de Belo Horizonte se juntando ao ex-presidente Lula. 

“Nossa disputa com o Lula é direta. Então uma aliança entre Kalil e Lula não nos colocaria em uma posição de conforto, nem para nós, nem para o próprio Kalil e nem para o próprio PT”, concluiu. 

Agenda em Minas

Ciro Gomes chega a Belo Horizonte na quinta-feira à noite, onde dorme. Na sexta-feira, pela manhã, o pedetista cumpre agenda em Contagem, na Região Metropolitana, onde encontra lideranças do PDT e visita uma ocupação. O encontro com Kalil será na parte da tarde, na sede da prefeitura de Belo Horizonte. 

No sábado, o pré-candidato viajará para Uberaba e Uberlândia, no Triângulo Mineiro,  onde participa de eventos partidários do PDT. 

 

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