Alvaro Dias diz buscar aliança partidária ampla para eleições

O pré-candidato do Podemos à Presidência da República, o senador paranaense Alvaro Dias, declarou, na manhã desta sexta-feira (15), que atualmente conversa com pelo menos sete partidos em busca de uma aliança. Ainda segundo ele, as conversas em Minas Gerais neste momento estão pautadas pela independência. As declarações foram dadas em coletiva de imprensa antes da palestra dele no evento “Conexão Empresarial”, em Tiradentes.

Alvaro Dias conta que, entre outras legendas, há articulações em andamento com DEM, PRB, PP, PR, e PSC. Ainda segundo ele, esse momento é de discussões e, provavelmente, no início de julho vão se ter as definições. Isso porque as convenções partidárias, que deliberam sobre as alianças,  iniciam-se no dia 20 do próximo mês. 

“As conversações existem com cerca de sete partidos, e logicamente eles conversam com vários candidatos, não só conosco. Mas agora há sim essa preliminar de entendimento na busca de aliança política em torno de propostas e programas para a nação. Não queremos abrir mão dessa proposta de refundação da República e os partidos que estiverem dispostos a assimilar esse compromisso com o país serão muito bem-vindos nessa aliança”, afirmou.

Sobre as negociações em Minas Gerais, Alvaro Dias disse que o presidente estadual do Podemos e prefeito de Betim, Vittorio Medioli, é quem conduz o processo no Estado. Ele explicou ainda que a agremiação adota hoje uma postura de independência, mas que no momento não há nenhuma definição.

“Ele certamente está sendo consultado por lideranças que postulam o governo estadual, e nós de fora chegamos aqui e aprendemos. Então, vamos aguardar uma definição local. Por ora, há uma postura de independência, não há vínculo com qualquer candidatura de governo. Então, o Podemos de Minas Gerais está independente e logicamente tem sido assediado para conversas que visam a uma eventual aliança. Mas até agora zero (definição)”, garantiu. 

O senador avaliou também que certamente haverá uma influência do cenário nacional nas alianças nos Estados, mas que todos aprenderam “que quem não ganha em Minas, não ganha no Brasil”. “Minas é uma síntese de país. Por isso, é muito importante o nosso projeto aqui”, disse.

Legendas

O pré-candidato à Presidência também afirmou que o Brasil tornou-se “uma fábrica de siglas alimentada pelo fundo partidário”. Ele defendeu que o número de partidos representados com mandatos eletivos seja reduzido. 

“Não é extinguir partidos, mas sim orientar no sentido de que normas impostas obrigue eles a obterem um percentual de votos que os autorizem a representar a sociedade. Então, nós imaginamos entre 4% e 5% de votos nacionais distribuídos em, pelo menos, nove Estados para que o partido se credencie a representar a sociedade. Isso vai reduzir o número de partidos no Congresso”, declarou.

Com uma candidatura de centro, Alvaro Dias afirmou que existe um esforço, especialmente de alguns líderes políticos, com o intuito de diminuir o número de candidatos dessa linha política. 

“O nosso sistema fracassou pelo conluio partidário, esse presidencialismo de coalização. É o fracasso dos governos. Aliás, os governantes brasileiros deveriam pedir perdão aos brasileiros pelo fracasso rotundo que levou à miséria milhões de brasileiros. O principal desafio é derrotar o descrédito da população (com políticos)”, afirmou. 

O senador ainda defendeu a redução da carga tributária e o corte de privilégios de autoridades.