Câmara

Após obstrução, projeto Escola sem Partido não é votado

Bancada de esquerda apresentou requerimentos para impedir votações, mas, após acordo foram votados os vetos do Executivo e o segundo turno do estádio do Atlético

Por Franco Malheiro
Publicado em 01 de outubro de 2019 | 18:54
 
 
 
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O projeto Escola sem Partido segue sem votação na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH). A expectativa é na próxima sessão, nesta quarta-feira, o PL já seja votado.  

Em  conversa com o jornal O Tempo, o vereador Wesley Auto Escola (PRP), afirmou, que no começo da noite de terça-feira (1), entrou com pedido de requerimento para que o PL entre como o primeiro na ordem de votação. 

“Caso o requerimento seja protocolado e entre na pauta ele será o primeiro a ser votado na sessão de quarta e como a frente cristão possui maioria, muito possível que ela seja aprovado e em seguida a gente já vota o Escola sem Partido”, contou o vereador.  

Sessão

Nesta tarde, no início das sessões plenárias de outubro, o embate entre as bancadas de esquerda e a cristã em torno no projeto continuou acirrado e foi preciso que o líder do Governo, vereador Léo Burguês (PSL), articulasse um acordo para que a pauta do dia fosse desobstruída. 

“Na verdade tem essa discussão ideológica na casa da Escola sem Partido, mas também temos um projeto que é de autoria do Executivo, mas que é um projeto da cidade de belo horizonte que é do estádio do clube Atlético mineiro. Então os vereadores entenderam que cada um vai continuar defendendo as suas questões ideológicas mas não vão deixar parados os assuntos que são de interesse da cidade como um todo”, destacou o líder.

Na ordem de votação desta terça-feira, havia dois vetos do Executivo para ser  apreciados e outros dez projetos, entre eles, a votação em segundo turno do estádio do Atlético. O projeto Escola sem Partido era o sétimo da ordem dia, com isso, na tentativa de impedir a votação, a esquerda protocolou cerca de 500 requerimentos para tentar travar a pauta. 

A vereadora Cida Falabella (PSOL) afirmou que a bancada da esquerda segue buscando estratégias, dentro do regimento, para impedir que o projeto seja votado. A parlamentar afirmou que o projeto é inconstitucional e que mesmo que judicialmente ele seja barrado posteriormente, a aprovação dele na CMBH “seria muito negativo para Belo Horizonte”. 
 
“A obstrução é um instrumento democrático e regimental que vereadores, quando não têm maioria na casa, recorrem quando se deparam com projetos nocivos para a cidade.”, ressaltou a vereadora.  

Já pelo lado da bancada cristã, o vereador Jair Di Gregório (progressista) defende o texto e acredita na aprovação. 
 
“A esquerda que fica lutando contra a vontade da população. O Brasil quer as escolas livres de ideologia e Belo Horizonte não é diferente. Eles não possuem argumento e sabem que vão perder, ai ficam obstruindo votação e prejudicando a cidade deixando de votar projetos importantes”, afirmou. 

Depois de bastante pressão de ambas as frentes e da presença da torcida organizada Galoucura que contava com a aprovação do estádio, o vereador Léo Burguês (PSL), líder da base do governo, conseguiu um acordo entre as bancadas: votar os vetos do Executivo e o segundo turno da proposta do estádio do Atlético.

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