Eleições

Chapas da federação de PT-PV-PCdoB serão proporcionais aos votos de 2018

Partidos definiram regras para dividir o número que candidatos que vão indicar para disputar os legislativos

Por Gabriel Ferreira Borges
Publicado em 20 de abril de 2022 | 05:00
 
 
 
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A federação partidária entre PT, PV e PCdoB definiu que a escolha dos candidatos do grupo para a Câmara dos Deputados e a Assembleia Legislativa será feita de forma proporcional aos votos de cada sigla na eleição de 2018. 

O critério já é um ponto pacífico entre os partidos, cujas lideranças nacionais registraram a união no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última segunda-feira. Agora, o estatuto e o programa estão pendentes de aprovação pela Corte. A federação partidária obriga os integrantes a se comportarem como se fossem um só partido por quatro anos.

O cálculo levará em consideração tanto os votos nominais quanto os de legenda recebidos por PT, PV e PCdoB. Na prática, os petistas terão direito a indicar 80% dos nomes; os verdes, 12%; e os comunistas, 8%. “Por exemplo, as vagas para (a chapa de) deputados estaduais estão relacionadas ao número de votos que o PT recebeu para deputados estaduais. Será assim para o PV e, também, para o PCdoB”, explica o presidente estadual do PT, deputado Cristiano Silveira.

Já o presidente estadual do PV, Osvander Valadão, detalha que os verdes terão 15 candidatos a deputado estadual e 11 a federal. “A chapa de federal, por exemplo, são 54 vagas. A chapa estadual é de 78 deputados. São dois cálculos distintos. Nós teríamos para deputado estadual 15 vagas para a disputa em Minas e 13 para federais”, indica Valadão. 

O presidente estadual do PCdoB, Wadson Ribeiro, afirma que, matematicamente, esse é o critério. No entanto, o bom senso político irá prevalecer. “Em um exemplo hipotético, se o PV tem condições de indicar dez deputados, mas só tem sete nomes com densidade eleitoral, nada impede que o PV abra vagas para o PCdoB caso o partido tenha mais nomes com densidade eleitoral. O objetivo é ter uma chapa mais competitiva possível”, avalia Ribeiro.

Por outro lado, PT, PV e PCdoB desconversam quando questionados a respeito de quantos deputados estimam eleger. Silveira, por exemplo, pontua que os partidos, em hipótese alguma, podem trabalhar com um número de parlamentares inferior ao da atual bancada. “O esforço é que a chapa seja a mais competitiva e tenha mais possibilidade de ampliar o número de cadeiras que cada partido possa ocupar na Assembleia de Minas e na Câmara dos Deputados”, reforça o deputado estadual. 

A avaliação de Ribeiro é semelhante, já que a competitividade da chapa deve ser potencializada por conta das circunstâncias eleitorais. “É uma eleição polarizada em que a nossa federação é um desses polos, o que tende a fazer com que a chapa seja bem votada e eleja vários deputados”, aponta o ex-deputado federal. 

Atualmente, PT, PV e PCdoB somam 18 cadeiras na ALMG, sendo dez do PT, sete do PV e uma do PCdoB. Já na Câmara dos Deputados, as legendas têm apenas oito assentos na bancada mineira. Sete são do PT, e apenas um, do PV. O número de candidatos nas chapas estadual e federal é de, respectivamente, 100% mais uma das vagas na ALMG e na Câmara. Enquanto a chapa de deputados estaduais pode ter 78 candidatos, a de deputados federais pode ter 54.

 

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