PRD

Fusão entre PTB e Patriota surge com objetivos ambiciosos em Minas

A intenção da nova legenda é estar entre os cinco partidos com mais prefeitos no Estado

Por Letícia Fontes
Publicado em 09 de novembro de 2023 | 17:22
 
 
 
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou nesta quinta-feira (9/10), por unanimidade, a fusão dos partidos PTB e Patriota. O novo partido se chamará PRD, Partido da Renovação Democrática, e terá o número 25 na urna. Em Minas, o controle da legenda ficará a cargo da liderança do deputado federal Fred Costa. Segundo o parlamentar, a sigla se posicionará no espectro centro-direita e terá como foco no Estado aumentar o número de prefeituras. A intenção é estar entre os cinco partidos com mais prefeitos em Minas. 

“Temos já candidaturas em várias cidades importantes, como Sete Lagoas, vamos filiar o Junior (Sousa), em Ipatinga estamos filiando a Alê Silva. Estamos filiando bons quadros nas eleições municipais em cidades importantes. Já temos vice em Lagoa Santa e em Nova Lima”, explicou Fred Costa.

Segundo ele, em Belo Horizonte, o partido ainda está estudando se irá lançar candidatura própria ou se irá apoiar alguma chapa para a prefeitura. A nova sigla tem, atualmente, dois vereadores na Câmara Municipal, Wanderley Porto e Irlan Melo. A intenção é formar quatro cadeiras no legislativo. A legenda, no entanto, não irá filiar vereadores com mandatos em andamento. 

O vereador Ciro Pereira, até então do PTB, diz que irá aguardar para decidir se irá ficar na nova sigla. “Estou recebendo muitos convites de muitos partidos. No momento vou aguardar para entender como serão os parâmetros da fusão e entender qual será a direção do partido. Uma coisa que não abro mão é de defender minhas pautas de princípios, valores, geração de emprego, renda e oportunidade”, disse. 

Hoje, em Brasília, o PTB não tem deputados por Minas Gerais. Já o Patriota, que também acabará com a fusão, tem três deputados federais (Dr. Frederico, Pedro Aihara e Fred Costa) e três estaduais (Doorgal Andrada, Roberto Andrade e Doutor Paulo). 

Entenda. Nas últimas eleições, o PTB e o Patriota não alcançaram a cláusula de desempenho. O PTB elegeu um deputado federal, que já trocou de sigla, e o Patriota é dona de cinco cadeiras. Nenhuma das siglas conseguiu eleger senadores no último pleito. Com isso, as legendas ficaram sem acesso ao fundo eleitoral e às propagandas gratuitas de rádio e TV nas eleições municipais do ano que vem. Daí, a necessidade da fusão para melhorar o resultado alcançado no ano passado e superar a cláusula.

Segundo o TSE, a fusão das duas siglas garantiu o cumprimento da cláusula de barreiras. Dessa forma, o novo partido passa a ter direito a obter verbas do Fundo Partidário. As verbas estavam bloqueadas até que o pedido de fusão fosse aceito. 

Inicialmente, a legenda iria se chamar “Mais Brasil”, mas após deliberações internas foi feito novo pedido para alterar o nome, o que foi aceito pelo TSE.

 

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