A Embaixada dos Bonecos Gigantes de Olinda irá lançar dentro de 15 dias um boneco do juiz Sérgio Moro, que comanda o julgamento da operação Lava Jato na Justiça Federal. O boneco vai ser uma das grandes atrações e novidades do Carnaval de 2016 na cidade pernambucana. O juiz foi consultado para a confecção, que começou há um mês. Segundo Leandro Castro, produtor cultural da Embaixada, ele autorizou a produção.
“Só acordamos que não será usado em passeatas ou eventos políticos. Está praticamente pronto. Só estamos escolhendo uma data para o evento do lançamento. Deve ser no Marco Zero, num domingo à tarde. Vamos colocar o boneco do ministro Joaquim Barbosa (lançado há dois anos) ao lado no dia”, adianta Castro.
O juiz já recebeu uma prévia do boneco. “Ele não comentou nada. Mas está muito fiel. Com o terno escuro que ele sempre usa. É uma homenagem. O brasileiro procura sempre um super-herói, não que ele seja um, mas hoje ele é uma pessoa que passa essa imagem de alguém que trabalha de forma ética”, justifica Castro.
Os bonecos são confeccionados em 40 dias, normalmente, mas, dependendo do contexto, podem ser fabricados em até dois dias. Foi assim quando, na Copa, fizeram uma “réplica” do jogador uruguaio Suárez, em uma versão vampiro, em referência à agressão do jogador a um atleta da Itália durante a Copa do Mundo.
O juiz não deve comparecer à inauguração. “É mais fácil irmos até ele, que é muito ocupado e já faz bem muito em cuidar do seu trabalho”.
O grupo faz homenagens a artistas, mas também recebe muitas encomendas de políticos nas campanhas eleitorais. Em anos de campanha, eles recebem cerca de 60 pedidos de bonecos de candidatos. Cada um custa, em média, R$ 4.500.
A Embaixada tem em seu acervo mais de 250 bonecos chamados históricos. Entre eles, muitos de políticos, como os petistas Lula e a presidente Dilma Rousseff e o senador tucano Aécio Neves. “Quando tem eventos dos partidos na região, eles pedem os bonecos dos seus líderes emprestados e nós sempre cedemos”. Ele lembra que, no último Carnaval, em meio à crise de popularidade da presidente Dilma, eles optaram por não colocar o boneco dela nas ruas de Olinda. “Eles são feitos como uma forma de homenagem. Não é a intenção trazer nenhum prejuízo ou constrangimento às pessoas representadas. Chegaram a dizer que a Dilma barrou, mas não foi nada disso”, conta Leandro Castro.
Um fora atrás do outro
Na reunião entre prefeitos de todo o país e os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros, 45 chefes de Executivos municipais tratavam de temas relacionados à necessidade de um novo pacto federativo, que garantisse mais equilíbrio às prefeituras. Tudo corria dessa forma, sem embates políticos, até que o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), resolveu usar seu tempo para acusar o governo federal de discriminar sua cidade, por ser governada por um oposicionista, gerando um certo constrangimento no ar. No fim, ainda chamou o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, de Carlos Lacerda, corrigindo-se em seguida. E, para completar, foi chamado de senador Arthur Virgílio por Renan Calheiros, que também precisou se corrigir.
Se vira nos 30
Presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Marcio Lacerda chegou a sugerir que cada prefeito tivesse direito a um minuto de fala, mas a regra acabou flexibilizada. Se cada autoridade só falasse por um minuto, iria ser um “se vira nos 30”, já que eles gastavam, pelo menos, metade do tempo só para se apresentar e cumprimentar Renan, Cunha, senadores, deputados e colegas presentes. Além de Lacerda, o primeiro a falar, outro mineiro que discursou foi Carlin Moura (PCdoB). Ao prefeito de Contagem ficou determinado a tratar do IPTU. Ele lembrou da proposta da FNP de fazer com que a atualização da planta de valores seja obrigatória e automática a cada quatro anos e lembrou da dificuldade de tratar do tema em Contagem: “Depois que tiraram o IPTU residencial, nenhum prefeito consegue colocar de novo na pauta”.
FOTO: LULAMARQUES/ AGÊNCIA PT |
Presidente Dilma Rousseff |
Na beirada. Enquanto enfrenta ameaças de rejeição de suas contas no Tribunal de Contas da União, articulações oposicionistas em um pedido de ação penal e pressões de movimentos sociais por um impeachment, a presidente Dilma Rousseff mostrou bom humor e se arriscou para tirar fotos na pontinha do palanque no evento em que celebrou a marca de 5 milhões de Microempreendedores Individuais (MEI) no Brasil, nesta quarta no Palácio do Planalto.
R$ 37,6 mil É QUANTO a Presidência da República irá destinar para a compra de uniformes para garçom. Os trajes são ao estilo “verão”, com 100% de tecido em lã fria.
Fim do jejum
Vinte e cinco anos depois de assumir um mandato na Câmara dos Deputados, Jair Bolsonaro (PP-RJ), enfim, quebrou um incômodo jejum. Ele teve aprovada nesta semana sua primeira Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Foi dele a autoria da proposta que obriga a emissão de voto impresso nas urnas eletrônicas. Ele se diz discriminado: “Alguns projetos eu dou para (outro) deputado apresentar, porque, se pintar meu nome, não vai para frente”, alegou à BBC Brasil. Por causa disso, festejou: “Já é muita coisa. Foi um gol aos 45 do segundo tempo”.
Petista atacou Aécio
Um mineiro foi o responsável por acusar o senador Aécio Neves (PSDB) de traficar e consumir drogas, por meio do Twitter, durante a campanha presidencial no ano passado. Márcio Araújo Benedito, que é de Belo Horizonte, foi apontado pela Justiça como autor das ofensas ao tucano. O acusado nega. Ele é concursado, filiado ao PT e integra a comissão de ciência e tecnologia do partido em Minas. O perfil mantido por Araújo na rede social é um dos 55 que foram alvo de uma ofensiva judicial por parte do senador. Aécio pede a quebra de sigilo de dados para tentar identificar os autores das postagens.