Manifesto

'Minas grita pelo leite' quer pressionar o governo Lula a suspender importações

Produtores de leite reúnem políticos em Belo Horizonte para pressionar o governo federal a tomar medidas para socorrer o setor

Por O TEMPO
Publicado em 12 de março de 2024 | 12:33
 
 
 
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Um movimento capitaneado pela Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) pretende reunir políticos de todo o país na próxima segunda-feira (18),  no Expominas, para pressionar o governo federal a socorrer os produtores de leite de todo o país. 

Intitulado de “Minas grita pelo leite”, o protesto quer mostrar ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que as importações de leite do Mercosul estão prejudicando os produtores de leite brasileiros. Uma das reivindicações é que as importações sejam suspensas. 

Segundo a Faemg, em 2023, a importação de leite em pó foi equivalente a 2,2 bilhões de litros, registrando um crescimento de 68,8%, em comparação com o ano anterior. Isso faz o preço do produto nacional cair e o produtor receber menos, muitos não conseguem nem pagar os custos da atividade com o valor que recebem.

Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo (USP), o produtor mineiro recebeu, em média, em janeiro deste ano, R$ 2,105 por litro de leite produzido. A média do país, para o mesmo período, foi de R$ 2,347.

O evento tem o apoio da Frente Parlamentar da Agropecuária,  Confederação Nacional da Agricultura (CNA), empresas do setor e da Secretaria de Agricultura de Minas Gerais.

Confira as reivindicações do setor leiteiro:

  • Suspensão das importações subsidiadas da Argentina ou a adoção de medidas compensatórias imediatas
  • Plano Nacional de Renegociação de Dívidas de todos os produtores de leite
  • Inserção permanente do leite nos programas sociais do governo federal
  • Ampliação da fiscalização no âmbito do Decreto 11.732/2023 (sobre crédito presumido do leite para o pagamento do PIS/Pasep)

 

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