Articulação

Mudança para o PT pode viabilizar candidatura de Duda Salabert à PBH

Parlamentar não confirma rumores da mudança, mas tem reunião com a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, marcada para a próxima terça-feira (11)

Por Marco Antônio Astoni
Publicado em 05 de julho de 2023 | 18:19
 
 
 
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Uma dança nas cadeiras nos partidos de esquerda de Belo Horizonte pode viabilizar a candidatura da deputada federal Duda Salabert (PDT) para a prefeitura da capital mineira ano que vem. O objetivo é fazer uma grande aliança de esquerda que una todas as legendas com ideologia semelhante, incluindo PT, PSOL, Rede e PC do B.

A deputada está articulando sua ida para o PT, onde seria a cabeça da chapa para as eleições de 2024. Apesar de afirmar ter boa relação com o PDT, Duda Salabert vê no Partido dos Trabalhadores um campo mais fértil para a construção da coligação de esquerda que deseja. Fontes ligadas ao PT afirmam que o nome da deputada é muito bem vindo e que aglutinaria as diferentes correntes dentro da legenda em uma figura só.

Duda, no entanto, não confirma os rumores da mudança de partido. Ela tem uma reunião com a presidenta do PT, a deputada federal por São Paulo Gleisi Hoffmann, na próxima terça-feira (11):  "Eu estou vice-presidenta nacional do PDT e tenho uma boa relação com o partido. Conforme eu disse, as únicas conversas que tive até agora foram da importância de se construir uma frente democrática, popular e progressista em Belo Horizonte, que replique em esfera municipal, a vitória que aconteceu nacionalmente, que foi justamente de uma aliança de vários partidos em defesa da democracia e combatendo qualquer tipo de candidatura extremista. Nós entendemos que Belo Horizonte não pode ser um espaço, uma capital ocupada por políticos extremistas", afirma Salabert.

A deputada mineira, no entanto, admite que já está conversando com alguns expoentes do campo progressista sobre a viabilização de um nome de esquerda para o próximo pleito municipal.

"A minha grande preocupação hoje é construir junto com o governo federal projetos, programas e reformas que ajudem o Brasil a superar a crise econômica na qual está, e que o Brasil volte a crescer economicamente, gerando emprego para a população em geral e que o país assim saia do mapa da fome. Então o que está no nosso horizonte político são questões de ordem estruturante e nacional. No entanto, a gente sabe que alguns grupos políticos têm se articulado já, pensando nas eleições municipais do ano que vem. O que aconteceu envolvendo aa minha pessoa até agora foi que alguns partidos do campo progressista já conversaram comigo, mas foi uma conversa muito tímida, muito inicial, a fim de a gente pensar uma forma de fortalecer o campo, a fim de que no próximo ano, nas eleições municipais, se construa uma grande aliança democrática e progressista e dessa aliança saia uma candidatura de relevo e com chance de vitórias", garante Duda.

A reportagem procurou o presidente estadual do PDT, Mário Heringer, mas até a publicação desta reportagem ele não havia retornado.   

No momento, dois parlamentares petistas estão sendo cotados como pré-candidatos a prefeito de BH. São eles o deputado federal Rogério Correia e a deputada estadual Beatriz Cerqueira. Interlocutores afirmam que os dois estariam dispostos a desistir da pré-candidatura para apoiar o nome de Duda.

"Não houve nenhum debate sobre viabilizar uma ou outra candidatura. O que houve até agora foi uma conversa muito tímida sobre a importância de construir em Belo Horizonte uma frente democrática, popular e progressista que traduza no ponto de vista político-eleitoral os anseios populares da cidade de Belo Horizonte", afirma Salabert.

A disputa pela prefeitura de Belo Horizonte, nas eleições do ano que vem, tem, até o momento, pelo menos 15 nomes, que são ou declaradamente pré-candidatos ou indicados por terceiros. Além de Duda Salabert, Rogério Correia e Beatriz Cerqueira, estão no páreo o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), o presidente da Câmara Municipal de BH, Gabriel Azevedo (sem partido), o senador Carlos Viana (Podemos), os deputados federais Newton Cardoso Júnior (MDB) e Pedro Aihara (Patriota), os deputados estaduais Bruno Engler (PL), Bella Gonçalves (PSOL) e Mauro Tramonte (Republicanos), o ex-deputado federal Lucas Gonzalez (Novo), os ex-deputados estaduais João Leite (PSDB) e Iran Barbosa (MDB) e o jornalista Eduardo Costa (Cidadania).

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