ELEIÇÕES

Paulo Brant lança pré-candidatura à PBH e critica frente única no 1º turno

Paulo Brant, que já foi vice-governador no primeiro mandato de Romeu Zema (Novo), disse que seu principal adversário será o candidato apoiado pelo Bolsonaro, mas descartou possibilidade de unir candidaturas

Por Mariana Cavalcanti
Publicado em 01 de abril de 2024 | 15:16
 
 
 
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O ex-vice-governador, Paulo Brant (PSB), irá lançar oficialmente sua pré-candidatura à Prefeitura de Belo Horizonte nesta terça-feira (2), no Mercado Central. O político, que já acenava seu desejo de concorrer às eleições desde o ano passado, defendeu o pluralismo de candidaturas e avaliou que seu principal adversário na disputa será Bruno Engler (PL), pré-candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. 

Em 2018, Paulo Brant foi eleito vice-governador ao lado de Romeu Zema, época em que era filiado ao Partido Novo, mas mudou para o PSDB em 2021. Nas eleições de 2022, ao contrário de Zema, Brant apoiou a candidatura de Lula (PT) à Presidência, o que fez com que ele se afastasse de seus antigos correligionários. Em 2022, Brant tentou a reeleição como vice, mas desta vez na chapa de Marcus Pestana, pelo PSDB, e no início de 2023 se filiou ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), no qual agora é presidente do diretório municipal.

Mirando as Eleições Municipais de 2024, Paulo Brant já se reuniu com diversos partidos para atrair alianças e formar uma chapa. Em agosto de 2023 ele se encontrou com o ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD) e, na mesma época, recebeu o apoio do ex-prefeito de BH Marcio Lacerda (PSB). Conforme informou Brant ao Aparte, ele não teria tido diálogo com apenas dois partidos: o PL e o Novo.

Adversários. Em agosto de 2023, durante entrevista ao Café com Política, do FM O TEMPO 91,7, Brant afirmou que o principal adversário a ser enfrentado em uma disputa pela prefeitura de Belo Horizonte seria um nome apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Sete meses depois, sua análise continua a mesma, mas ainda assim o político descartou a ideia de formar uma frente única para combater o candidato bolsonarista. 

Determinado em seguir com sua pré-candidatura, Paulo Brant criticou quem se movimenta para unir candidaturas diferentes ainda no primeiro turno, o que segundo ele seria uma forma de “mutilar a diversidade” e “empobrecer as eleições”. Ele destacou que não possui inimigos políticos, e que acredita ser importante manter um debate amplo no cenário municipal.

Ao falar sobre seus possíveis oponentes, Paulo Brant elogiou os nomes colocados pela esquerda, centro-esquerda e centro belo-horizontino. Os pré-candidatos Rogério Correia (PT), Bella Gonçalves (PSOL) e Gabriel Azevedo (MDB) foram chamados por Brant de “pré-candidatos respeitáveis”, e o atual prefeito Fuad Noman de “relevante”. 

O deputado estadual Bruno Engler (PL), que recebe o apoio de Bolsonaro, não teve o nome mencionado, mas Paulo Brant destacou que acredita que o ex-presidente conseguirá colocar seu candidato no segundo turno. 

“Bolsonaro é uma liderança indiscutível e tem a capacidade de transferir votos. Isso é ruim do ponto de vista de uma eleição municipal, porque o Bolsonaro não mora em Belo Horizonte e não tem a menor ideia dos desafios da nossa cidade. Mas Bolsonaro transfere também a sua rejeição e, num eventual segundo turno muito provável, essa candidatura apoiada pelo Bolsonaro carrega junto uma grande rejeição”, destacou em conversa com a coluna Aparte.

Belo Horizonte. Sem citar diretamente sobre a atual gestão municipal, o pré-candidato do PSB afirmou que Belo Horizonte possui diversos desafios a serem superados. Segundo ele, BH virou uma “cidade triste, murcha, feia e suja”, com problemas expressivos no trânsito e no crescimento da população de rua. 

Paulo Brant ainda destacou que vem se sentindo frustrado com o que ele chama de “apequenamento da figura do prefeito”. O ex-vice-governador revelou que tem sentido que a figura do prefeito, muitas vezes levada por interesses políticos, acaba ficando “mesquinha”. Ele destacou que o gestor municipal deveria ser uma “liderança política”, e não apenas um “síndico ou zelador da cidade”.

 
 

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