Assembleia

Posição de Agostinho Patrus pode definir eleição de indicado ao TCE-MG

A avaliação nos bastidores é que o vencedor será quem o presidente decidir apoiar. No momento, quatro parlamentares já sinalizaram que vão concorrer à vaga de Sebastião Helvécio

Por Pedro Augusto Figueiredo
Publicado em 21 de junho de 2021 | 06:00
 
 
 
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O apoio do presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Agostinho Patrus (PV), será fundamental para decidir qual deputado estadual será o indicado pelos pares para a vaga que se abrirá no Tribunal de Contas do Estado (TCE) no final do ano, quando o conselheiro Sebastião Helvécio se aposentar, no dia 30 de novembro.

O Aparte confirmou que quatro deputados são candidatos ou pretendem disputar a vaga: Alencar da Silveira Jr. (PDT), Sávio Souza Cruz (MDB), Celise Laviola (MDB) e Duarte Bechir (PSD). Doutor Wilson Batista (PSD) também estaria na disputa, mas não respondeu ao pedido de confirmação da reportagem. Roberto Andrade (Avante) e Gil Pereira (PSD) descartaram os rumores de que desejam a vaga.

Esta será a primeira eleição para o TCE em que um indicado da ALMG será escolhido pelo voto aberto, mudança que ocorreu em 2013. Por isso, a expectativa é grande sobre a postura de Agostinho Patrus.

A avaliação nos bastidores é que o vencedor será quem o presidente decidir apoiar. Normalmente, a votação ocorre por meio do painel eletrônico, onde todos os deputados votam simultaneamente. Porém, alguns parlamentares especulam que, se houver a opção pela votação nominal, em que cada deputado é chamado pelo nome para votar, Agostinho seria o primeiro pela ordem alfabética, e sua escolha influenciaria a dos colegas.

A tradição na ALMG é que um acordo seja feito entre os pretendentes à vaga e no dia da votação apenas um deputado se apresente como candidato. Porém, desta vez, a aposta é que não haverá candidato único e a indicação seja disputada no voto.

“Vou disputar a eleição e não retiro meu nome”, disse o deputado Alencar da Silveira Jr. “Nada melhor na democracia que bater chapa. A Casa tem uma tradição de votar no mais antigo de mandato. O mais antigo, como sempre foi respeitado aqui, sou eu. Tanto na vida pública quanto na Assembleia. Eu tenho sete mandatos aqui e dois de vereador”, acrescentou.

O deputado estadual Duarte Bechir também aposta na sua trajetória política para ser o escolhido. “Fui vereador, presidi a Câmara e fui prefeito em Campo Belo, tenho curso de Direito e estou na Assembleia há quatro mandatos. Tenho experiência, desejo e formação”, disse. 

Ele não pretende retirar o nome. “O presidente é o presidente de todos nós. Se ele não entrar, fica livre para os colegas. Mas se o presidente fizer uma escolha, certamente ele decide a eleição”, explica Bechir. Segundo o deputado, ele procurou Agostinho no início do mandato. “Ele disse: ‘não vou entrar’. Por isso, permaneço e sou candidato”, conta.

A deputada Celise Laviola afirma que está avaliando entrar na disputa. “Se eu definir por ser candidata, provavelmente irei até o fim”, declarou. Ela também destacou o papel de Patrus. “Ainda não estive com o presidente da Casa (para tratar do tema). Não sei se ele ditaria a votação nem acho que ele tenha esse perfil, mas acredito que ele é muito importante em todo processo dentro da Assembleia”, avaliou a deputada.

Para ser eleito, é necessário que o deputado tenha metade dos votos mais um (39) na ALMG. Se ninguém alcançar essa votação na primeira chamada, é realizado o segundo turno com os dois mais votados. Sávio Souza Cruz preferiu não se manifestar sobre a candidatura ao TCE. Agostinho Patrus foi procurado, mas não havia respondido até o fechamento da reportagem.

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