Marcus Pestana

PSDB tem nomes de sobra para Presidência, mas nenhuma definição no Estado

Quatro tucanos vislumbram o Palácio do Planalto, mas em Minas ainda há incertezas

Por Lucas Henrique Gomes
Publicado em 11 de maio de 2021 | 03:00
 
 
 
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O PSDB deve chegar com cenários bem diferentes para as primeiras definições de nomes na disputa pela Presidência da República e para o governo de Minas Gerais. Isso porque, de acordo com o ex-deputado federal Marcus Pestana, que atua como coordenador da comissão nacional organizadora das prévias do partido, a sigla tem, preliminarmente, quatro nomes para o Planalto, enquanto ainda não sabe se terá candidato próprio no Estado.

Em âmbito nacional, Pestana afirmou que os tucanos devem se reunir no dia 17 de outubro para definir o candidato do partido. Atualmente, os governadores João Doria (São Paulo) e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), além do senador Tasso Jereissati (CE) e do ex-senador e ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio, se colocam como postulantes internos. Embora acredite que a eleição presidencial não faça parte da agenda do cidadão neste momento, Pestana afirmou que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de tornar elegível o ex-presidente Lula (PT) “botou lenha na fogueira e precipitou o debate eleitoral”.

A ideia é que a sigla defina o nome em outubro ou novembro para entrar em janeiro de 2022 “já com o candidato conversando, construindo um projeto para o país, conversando com os aliados potenciais e preparando terreno para uma candidatura que evite a radicalização, essa polarização dos extremos da política brasileira”.

“Temos que acelerar um pouco o calendário. Quem tem quatro (pré-candidatos) não tem nenhum. Nós precisamos afunilar, continuar conversando com candidaturas, como do ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta, com o apresentador Luciano Huck e com outras forças potenciais aliadas, e é claro que isso vai repercutir nos Estados”, afirmou Marcos Pestana.

Ele, entretanto, prega que o centro tenha “juízo” para não pulverizar votos e ver um segundo turno entre o presidente Jair Bolsonaro e Lula com uma polarização “ainda mais agravada” do que a vivenciada nos dias de hoje.

O ex-deputado e também ex-secretário de Saúde avalia que, ao longo dos 16 anos de poder tucano em Minas Gerais, o partido fez “coisas fantásticas, mas também cometeu erros, como é natural”. Em terras mineiras, segundo ele, o partido não se apega ao exclusivismo e vê no presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), o candidato natural para o cargo, mas reconhece que o senador assumiu função central em Brasília e que talvez não se disponibilize à disputa.

Pestana ressaltou que, embora o PSDB tenha sido rival do então candidato Romeu Zema (Novo) em 2018, é o partido que sustenta o governador na Assembleia Legislativa. E, pelo fato de o quadro político estar aberto no Estado, com duas candidaturas que despontam (a de Zema e a do prefeito de BH, Alexandre Kalil), a legenda “ainda não amadureceu uma posição se vai ter candidato próprio ou se vai conseguir construir” outra candidatura.

Nota:
Inicialmente, o texto dessa coluna apontava que o PSDB não tinha nenhum nome ao Estado, de acordo com Marcus Pestana. Nesta terça-feira, porém, o parlamentar entrou em contato com a coluna para enfatizar que, na sua visão, o partido tem vários nomes. Citou, por exemplo, Paulo Abi Ackel, Eduardo Barbosa, Aécio Neves, Rodrigo de Castro, Joao Leite e Domingos Sávio. Mas afirmou que a legenda tem diálogo com outros nomes aventados, como Rodrigo Pacheco, Zema e Kalil e que, por isso,é preciso ainda discutir a posição da legenda, com ou sem candidatura.

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