Inovação

Vereador quer igrejas evangélicas como postos de vacinação em BH

Juliano Lopes (PTC), também sugere a quadra de esportes da qual é proprietário como opção

Por Lucas Henrique Gomes
Publicado em 10 de abril de 2021 | 03:00
 
 
 
normal

Durante a votação do projeto de lei que confirmou a Prefeitura de BH no consórcio de municípios para a compra de vacinas e demais itens médicos contra a Covid-19, o vereador Professor Juliano Lopes (PTC) sugeriu que seja criado um “plano de mobilização de vacina” e que os imunizantes sejam aplicados em igrejas evangélicas, além de criar postos de vacinação em bares e até em quadras esportivas, estabelecimento que, inclusive, ele possui no bairro Mangueiras.

No mês passado, uma atitude de Lopes chamou a atenção no plenário. O político pediu à Mesa Diretora autorização para tirar a máscara enquanto falasse e, ao iniciar o discurso, disse que não estava presente no dia anterior por estar com sintomas gripais.

No mesmo dia em que sugeriu o plano alternativo, Lopes tinha em pauta um projeto de sua autoria em que torna as atividades físicas em estabelecimentos destinados a esse fim e em espaços públicos como essenciais. O texto, entretanto, foi aprovado apenas em primeiro turno e, por enquanto, não tem previsão para ser discutido pela segunda vez. 

Durante a fala, Lopes criticou o fato da cidade não ter vacinado a população no último fim de semana e questionou a possível compra de outras 4 milhões de vacinas por meio do consórcio aprovado ou por compras diretas. Para ele, não seria aceitável que os imunizantes ficassem estocados enquanto pessoas aguardam pela vacinação.

“O prefeito não vem correspondendo ao ato de vacinação. Final de semana não teve vacina. Não adianta comprar e não fazer parceria com as farmácias. Tá aqui a farmácia do vereador Hélio, faz parceria com ela, com a Drogaria Araujo, com as outras. É importante, mas não vamos comprar vacina e deixá-las estocadas no freezer. Temos que criar um plano. Abra a igreja do Mundo Novo, põe enfermeiro para vacinar lá, nas igrejas evangélicas. Agora se comprar 4 milhões de vacinas e ficar no freezer, aí vamos abrir o comércio sabe quando? 2030. Vai morrer todo mundo”, disse.

Depois, ao direcionar a palavra a Gabriel Azevedo (Patriota), que deve inaugurar um bar na capital quando as medidas sanitárias permitirem, Lopes pediu que o colega mudasse os planos e abrisse um posto de vacinação. “Onde puder, põe enfermeiro. Minha quadra do Mangueiras está aberta para isso”, concluiu.

Procurado pelo Aparte, o vereador reafirmou as declarações e defendeu uma mobilização pela “contratação de enfermeiros ou técnicos em enfermagem”.

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!